Sanchez não tinha nos planos ser treinador. Planeava terminar com o futebol aos 30 anos, mas aos 31 foi campeão. Alguém lhe deu um bom conselho. Há ainda Eriksson e Fernando Santos
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Não estava nas suas ideias ser treinador. Como é que foi isso?
-Nunca foi uma ideia minha, mas também nunca pensei jogar depois dos 30 e aos 31 fui campeão... Ser treinador não era um dos meus objetivos. Um dia perguntaram-me se queria ser treinador do Boavista. Falei com o Manuel José e com o Jaime Pacheco e eles disseram a mesma coisa: "Pensa e depois decide mais com o coração do que com a cabeça." E foi. Pensei. Pronto, pensei, vem aí uma nova etapa da minha vida. Quero estar entre os melhores... e isso tem sido uma constante. Trato os jogadores em igualdade.
Algum jogador do Boavista ficou aborrecido consigo esta época?
-Acredito que sim, mas é normal. Para mim, em primeiro lugar está a pessoa, depois o jogador de futebol. É assim que olho para os jogadores.
Ao longo da sua carreira de futebolista, teve vários treinadores. Inspira-se em algum deles?
-O meu primeiro treinador em Portugal foi o Eriksson. Não se aborrecia quase nunca. Quem não fazia o que ele queria, ficava de fora. Depois tive o Fernando Santos, no Estoril. Havia um ambiente bom, ele era e é uma pessoa divertida, mas toda a gente sabia que havia uma linha que não se podia pisar. Depois tive cinco anos o Manuel José. No primeiro ano tivemos alguns problemas, mas ele queria o melhor para mim e acabou por dar os seus frutos. De todos eles recebi um pouco. Sou, como treinador, o que fui como jogador: não imito, mas de todos eles tentei retirar o melhor e pôr em prática nas diferentes situações que vão surgindo. Seja no trabalho de campo ou no aspeto psicológico, ou na forma de levar o grupo para o melhor caminho, mas sem nunca deixar de ser eu mesmo.
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