Críticas do Benfica não abalam a arbitragem: "Com o investimento vai aumentar a pressão e o ruído"

Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, desvaloriza as farpas das águias: “Existem justificações internas para que sejam feitas, não teve a ver claramente com a arbitragem”
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Bruno Lage e Mário Branco, treinador e diretor geral do Benfica, respetivamente, visaram a atuação da equipa de arbitragem chefiada por José Bessa no Alverca-Benfica, mas tais críticas não causaram turbulência, garante Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF. “Não, de todo. Existem certamente justificações internas para que elas sejam feitas, não teve a ver claramente com a arbitragem, porque no nosso entender foi muito positiva”, frisou o dirigente, em declarações à Antena 1, reforçando a posição de desvalorizar a posição encarnada. “Todos os clubes foram informados, não é por alguém não perceber as nossas mensagens que vamos alterar a estratégia”, frisou.
Questionado quanto ao objetivo do Benfica ao criticar publicamente a arbitragem, Luciano Gonçalves garantiu que “não é um tema com o qual esteja preocupado”. “Cada um saberá a sua estratégia. O importante para nós é seguir a nossa linha, uma maior abertura com os clubes e com todos os intervenientes”, frisou, admitindo que “com o investimento vai aumentar a pressão e o ruído de fora”. “Para mim, o importante é que sejam dadas condições de tranquilidade aos nossos árbitros”, reforçou.
Escolhido para apitar o Sporting-FC Porto, em estreia, o árbitro João Gonçalves mereceu elogios de Luciano Gonçalves. “Gostei muito da arbitragem, foi uma aposta ganha. Demonstrou que é um árbitro com muitas capacidades e de futuro. Como o João Gonçalves vamos ter outros que vão ter a oportunidade de apitar clássicos e dérbis”, garantiu, assumindo o objetivo de ver a arbitragem portuguesa presente no Mundial'2026 e que se tal não acontecer ficará “frustrado”.

