Declarações de Daniel Sousa, treinador do Braga, na antevisão do jogo com o Estrela da Amadora, no Estádio Municipal de Braga, às 20h30 de domingo
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Expectativas para a estreia no campeonato: "ansiosos pelo começo desta caminhada, que se antevê muito longa, pela quantidade de jogos que se avizinham. Um jogo contra uma equipa difícil com muitas mudanças, no onze, na equipa técnica e em termos da ideia de jogo, o que trará alguns desafios. Se fosse o Estrela do ano passado já havia um conhecimento prévio. Agora só há o conhecimento prévio de alguns jogos que conseguimos observar na pré-época. É uma equipa combativa, com qualidade individual, sobretudo na frente, do meio-campo e atrás também. Entrar com o pé direito é sempre o que procuramos, o que vamos fazer."
Tem a certeza de que na cabeça dos jogadores não poderá pairar o facto de haver uma eliminatória para resolver na quinta-feira, com a importância que isso tem para os jogadores e para o clube? "Não paira, porque nós sabemos que isto tem que ser feito. O cliché de jogo a jogo faz todo o sentido, a gestão das expectativas, a gestão do momento, da realidade do futebol, porque se começarmos a perspetivar as coisas para a frente, perde-se um bocadinho o que é o presente, e o presente é o jogo de amanhã, um jogo extremamente importante para nós, porque é em casa, e nós queremos dar uma alegria no início do campeonato aos nossos adeptos."
Desafios das muitas mudanças no Estrela da Amadora? "Há vários desafios, obviamente que houve muitas mudanças, não só na parte dos jogadores, mas também na parte da equipa técnica, o Filipe Martins traz uma ideia nova, seguramente, diferente do ano passado, até em termos de sistema, porque no ano passado o Estrela jogava muito numa estrutura de cinco, este ano apresentou-se praticamente sempre na pré-temporada, onde nós já tivemos acessos numa linha de quatro, ou seja, há uma mudança ligeira daquilo que faziam no ano passado. Em termos da qualidade individual, vimos que há qualidade, de facto, já havia alguma que continua, e acrescentaram ali alguns jogadores que trazem essa qualidade. Os perigos, eles têm um jogo bastante, conseguem jogar bem por dentro, mas também conseguem atacar bem em profundidade, e isso cria ali uns desafios interessantes, quer para a linha, para o bloco estar compacto, nós estamos compactos em determinados momentos, porque se reagimos àquilo que é uma das características de alguns jogadores, o André luiz, o Kikas, de atacar a profundidade, e baixarmos o bloco, depois eles também têm a capacidade de jogar por dentro, e isso vai ser um desafio muito importante para nós, estarmos constantemente compactos."
O presidente dizia que a equipa devia e podia ter feito muito mais com o Servette. Como é que recebeu essas palavras e o que a equipa terá de faz de diferente? "São as palavras que eu usei também... Foi o presidente, mas podia ter sido eu e foram exatamente as palavras que eu usei, foi semelhante ao discurso que eu tive no final do jogo. Efetivamente, temos que fazer melhor, sobretudo a primeira parte, que ficou muito aquém daquilo que é a exigência do Braga, e aquilo que nós também queremos dar aos adeptos, às pessoas que vêm ao estádio... uma imagem diferente. Relativamente àquilo que vai mudar, muda sobretudo o que é a confiança, daquilo que foi a definição da primeira parte... Acabámos por entrar ali um bocadinho no jogo do Servette, e isso, de entrar no jogo deles, em que eles são fortes, ficámos mais nós a perder do que eles, e nós temos de nos impor como equipa que somos perante qualquer adversário."