Críticas a Xadas: "Atitude fraca e lamentável, parecia um pássaro cheio de estilo e perdido em campo"
Bruno, ex-capitão dos insulares, ficou desapontado com a atitude que viu em Famalicão e pede mais empenho. O ex-médio maritimista, que teve também passagem pelo FC Porto, avisa os jogadores que a Madeira não é para "passar férias" e pede aos adeptos um último esforço para fazer do Caldeirão um inferno.
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Bruno Fernandes foi um dos jogadores mais talentosos da história do Marítimo, onde jogou 16 épocas. O ex-capitão sente o clube como poucos, daí não esconder o grande desgosto pela época sofrida que o clube está a fazer, com o risco de descida ainda não descartado. O último jogo, em Famalicão, que os maritimistas chegaram a estar a vencer por 2-0, ilustra bem a desilusão dos adeptos. O ex-futebolista elogia a primeira parte, lamentando que não tenha existido a mesma capacidade na segunda metade.
"Foi uma primeira parte bem conseguida, com inteligência e boa leitura de jogo. Estiveram compactos e solidários. Na segunda parte, houve outra equipa, sem se saber porquê. Quando o jogo fica mais fácil de gerir, e quando pede inteligência, a equipa desaparece", lamenta.
Para o antigo médio, e ainda num rescaldo específico ao que se passou em Famalicão, alguns jogadores deixaram muito a desejar. "Não queria entrar em questões táticas. Mas, não posso deixar de ressaltar a atitude fraca e lamentável do Xadas, quando a equipa precisava de personalidade e atitude. Foi lançado, ele que já usou a braçadeira de capitão, parecendo um pássaro cheio de estilo e perdido em campo. Menos um", critica, sobre a exibição no Minho.
Desse exemplo particular a uma crítica generalizada foi um instante. "O Marítimo é um clube centenário. Não se brinca com estas cores. Quem não tiver vontade de defender este povo, rua! Isto aqui não é para passar férias", frisa, recordando as muitas lutas travadas quando jogou com a camisola verde-rubra.
Para a partida do próximo sábado, com o V. Guimarães, Bruno Fernandes volta a pedir um apoio suplementar aos adeptos maritimistas. "Agora, é levantar a cabeça. O futebol é isto, aprendizagens constantes. Temos de fazer do Caldeirão a nossa muralha, tem de estar a abarrotar no sábado", pede, a finalizar.