Cristóvão Carvalho voltou esta sexta-feira a defender o voto eletrónico nas eleições para a presidência do Benfica às quais é candidato
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O advogado considera que o modelo de votação é “discriminatório”, dado que impede que sócios em Portugal Continental possam utilizar o voto eletrónico, enquanto os sócios da Madeira, Açores e estrangeiro terão essa ferramenta disponível.
Em comunicado, Cristóvão Carvalho reagiu aos procedimentos eleitorais anunciados, esta tarde, pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Pereira da Costa, considerando que “o Benfica não tem hoje voto eletrónico por falta de vontade política”.
“Durante anos, a liderança do clube desconversou, adiou e fugiu ao tema. Agora, a poucos meses das eleições, anunciam que ‘estão a trabalhar’ numa solução. Não chega. Os sócios querem certezas, não promessas vagas. E mais grave: mesmo neste cenário, mantêm um modelo discriminatório, em que só quem vive nas Regiões Autónomas ou no estrangeiro poderá votar eletronicamente (se todas as listas deixarem), enquanto quem vive no continente continua obrigado a deslocar-se fisicamente”, criticou, apontando que “isto não é universalidade do voto. É manter privilégios e exclusões para proteger interesses instalados.”
“Comigo presidente, o voto eletrónico será universal e real. Seguro, auditável, aberto a todos os sócios — Lisboa, Porto, Newark, Luanda, Genebra, Paris ou Toronto, todos com o mesmo direito e a mesma facilidade”, assegurou, deixando “um aviso claro”. “Não aceitaremos jogadas nem manobras dilatórias. Ou o voto eletrónico é garantido já nestas eleições, ou ficará claro para todos quem quer um Benfica moderno e participativo… e quem tem medo da democracia e vive num mundo obsoleto.”