Adiamento da Copa América é revés para a SAD do Sporting, que contava com a prova para potenciar eventuais negócios.
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O adiamento da Copa América para o verão de 2021 - o início estava agendado para o próximo dia 12 de junho -, constitui um revés considerável para aquela que era uma das expectativas da SAD liderada por Frederico Varandas em torno da possível transferência de ativos como Coates e Marcos Acuña, habitualmente chamados às seleções do Uruguai e Argentina.
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Tudo porque qualquer deles é tido como uma potencial fonte de receita por via de um negócio na reabertura do mercado de transferências, de modo a reinvestir na reformulação do plantel, e ambos ficam sem a janela de valorização que a competição potenciava para ambos. E as exigências leoninas para viabilizar qualquer negócio em torno dos dois atletas, concretamente entre 10 milhões de euros (M€) a 15 M€ por Coates e 15 M€ a 20 M€ por Acuña - um indiscutível na Argentina -, tornam-se de difícil alcance, sobretudo na perspetiva de uma natural retração do mercado por via de uma diminuição da capacidade de investimento dos principais mercados, também eles afetados pela pandemia Covid-19. Estes dois nomes, como O JOGO oportunamente deu conta, estavam precisamente inseridos nas variáveis que levam a intenção do líder leonino em disponibilizar cerca de 50 M€ para investir no plantel às ordens de Rúben Amorim na próxima temporada.
Os leões pretendem dotar o plantel versão 2020/21 de atletas de maior experiência e com provas dadas em termos de performance desportiva, correspondendo às ambições do novo técnico, e contam como almofada uma fatia na ordem dos 20 M€ dos 30,4 M€ de receita líquida da transferência de Bruno Fernandes para o Manchester United. Mas a este valor pretendiam juntar os 10 M€ que vão ser embolsados pela saída em definitivo de Matheus Pereira para o West Bromwich Albion, assim como os valores decorrentes de eventuais saídas de Coates e Acuña, este, que, como o nosso jornal deu conta, continua a ser seguido pelos italianos do Inter de Milão, os quais, em janeiro, propuseram uma cedência por empréstimo no valor de um milhão de euros até ao final da época, com uma cláusula de opção de compra de 10 M€, que foi recusada. Isto sem esquecer os atletas que a SAD olha como elementos a colocar no mercado, casos de Renan, Rosier, Borja ou Doumbia, mediante a retribuição adequada ao valor investido.