Na hora de escolher quem vai a jogo, Sérgio Conceição não tem por hábito olhar à situação contratual dos jogadores. Casos semelhantes do passado dão força a Mbemba e Corona.
Corpo do artigo
Fechada a janela de transferências, Mbemba, Corona, Diogo Costa e Fábio Vieira são os quatro nomes do FCPorto com ligação a expirar em 2022.
Se, no caso dos dois últimos, como O JOGO avançou, a renovação tratar-se-á de uma questão de simples resolução, as situações do defesa e do extremo inspiram outro tipo de abordagem, na tentativa de que não saiam a custo zero.
Contudo, o histórico de Sérgio Conceição em cenários semelhantes permite antever que ambos mantenham papéis relevantes na equipa. "Não olho para o contrato dos jogadores, para a situação deles ou a perspetiva de futuro. Olho para os que estão à minha disposição", disse Conceição em março deste ano e os números dão-lhe razão.
O JOGO reuniu os dados de jogadores [ver infografia abaixo] que, desde a chegada de Conceição, deixaram o FC Porto com o passe na mão. Um desses exemplos até integra o atual plantel: no último ano do vínculo anterior, Marcano foi peça fulcral na conquista do título e, logo depois, foi para a Roma. Mas há outros casos que ilustram a tendência. O destaque vai para 2018/19, época em que nomes fortes como Herrera ou Brahimi saíram sem dar retorno financeiro à SAD. O mexicano somou mais minutos do que em qualquer outra das seis épocas que fez de azul e branco, igualando o melhor registo goleador, enquanto o argelino realizou 49 partidas e apontou 13 golos. Até peças menos influentes do puzzle de então, como Hernâni ou Adrián López, alcançaram as melhores marcas no clube antes da despedida.
O caso mais recente foi o de Marega. Manteve o estatuto de imprescindível e ultrapassou a barreira dos 40 jogos no derradeiro ano de contrato, tendo apenas saído das opções após anunciar a ida para o Al-Hilal, antes do término da última temporada.
De volta ao presente, Mbemba parece estar de pedra e cal no onze portista. Corona, por sua vez, terá de correr para recuperar o lugar, uma vez que Sérgio reprovou a atitude de Tecatito frente ao Marítimo, único jogo em que foi lançado. A bola está nos pés do treinador, mas, se a história nos diz algo, é que os dois jogadores poderão ser tão protagonistas como foram nas épocas anteriores.