O presidente da Liga, Luís Duque, deixou em aberto a possibilidade de se candidatar na conversa com os jornalistas no termo da Assembleia Geral do organismo em que abordou diversos assuntos.
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No Conselho de Presidentes foi aprovada uma moção de confiança à Direção da Liga e foram distribuídos mais alguns elementos de cariz financeiro sobre a vida da Liga, nos últimos meses.
Contas:
"O que lhes posso dizer é que os dois últimos exercícios, um deles tinha resultados negativos da ordem do milhão e 200 mil euros e o outro de dois milhões e meio. Posso também acrescentar que, embora as contas deste exercício ainda não estejam fechadas, apontam para um equilíbrio do resultado, de passivo zero. Esperemos, no próximo exercício, já poder regressar aos lucros. O passivo acumulado que encontrámos foi de cerca de sete milhões e nesta altura também já está substancialmente reduzido".
Recandidatura:
"Ainda é cedo. As eleições ainda agora acabaram de ser marcadas, ainda terão de ser ponderados vários fatores. Agora, quero dizer que foi um prazer poder estar aqui estes meses. Tínhamos assumido este compromisso em 26 de outubro e, embora não tivéssemos um horizonte, em termos de prazo, foi-nos pedido uma alteração de estatutos que devolvesse a direcção da Liga aos clubes, para estes passarem a conduzir os seus destinos dentro da Liga. Foi-nos pedida a aprovação e a regularização das contas e as alterações aos regulamentos, que já foram aprovadas em assembleias anteriores e encetámos a recuperação financeira da Liga. Depois, havia outras questões, como o relançamento da Taça da Liga, que também já foi feito.Disse no princípio que estava aqui em missão. Eu próprio estabeleci um prazo, que era o fim da época desportiva anterior. Na altura, pareceu um bocado ambicioso, mas acabámos por errar por sete dias. A nossa missão foi cumprida. Se bem ou mal, os clubes é que ajuizarão. Pela moção que apresentaram, penso que ficaram contentes. Agora, a Liga vai passar por uma nova fase da sua vida".
Uma moção que pareceu um convite:
"Entendi, pelo menos, que havia o reconhecimento do trabalho desta Comissão Executiva. Houve algumas manifestações nesse sentido, mas ainda estamos fora do período de apresentação de listas e de campanha eleitoral. Fiz um intervalo na minha vida profissional para poder estar aqui estes meses, sabia que era por pouco tempo. Desde essa altura, até porque a Liga não tinha grandes condições de ordem financeira, abdiquei de qualquer remuneração e para mim mesmo assumi que ia dedicar os próximos meses da minha vida à Liga, com eventual prejuízo da minha atividade profissional. Tenho de ponderar várias coisas, porque estamos a falar num mandato já com condições para podermos trabalhar, mas algo muito diferente. Uma coisa é uma situação de emergência em que a Liga estava e para a qual fomos desafiados e que também só foi possível chegar aqui porque houve vontade e empenhamento de todos os clubes. Beneficiámos de alguma paz social dentro da própria Liga que foi fundamental para as reformas que tínhamos de fazer. Agora, vamos medir as condições e avaliar se avançamos ou não, mas isso ainda não é para agora".
Sporting pode fragilizar ou condicionar a recandidatura:
"A suspensão em si, não. Agora, terei que avaliar também a vontade dos clubes, nomeadamente, que tipo de consensos podem ser gerados à volta desta candidatura. E o que digo é que, mesmo de futuro, para governar a Liga é importante um amplo consenso e, nesse quadro, terei que avaliar a posição dos clubes mais importantes. Quanto ao resto, não vou dizer mais nada".