As contas relativas ao exercício de 2015 voltaram a ser chumbadas. Um terceiro chumbo pode implicar a perda do estatuto de Utilidade Pública e colocar o clube à beira do precipício.
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Foi debaixo de um clima de grande contestação que os 229 associados do V. Setúbal, presentes no Pavilhão Antoine Velge, discutiram e votaram as contas relativas ao exercício de 2015. A Assembleia Geral realizada previa ainda a votação das contas de 2016, mas estas nem chegaram a ser submetidas a discussão, uma vez que as primeiras foram chumbadas por maioria.
Após a votação, o presidente da AG, Cardoso Ferreira, deu por encerrada a sessão, mas os ânimos aqueceram com os sócios a exigirem que se cumprisse o terceiro ponto da reunião magna que previa um período de meia hora para discussão de assuntos diversos e este teve de voltar com a palavra atrás.
Uma dezena de associados inscreveram-se para usar da palavra, entre eles o antigo candidato à presidência do clube, Júlio Adrião, que pediu a demissão de Fernando Oliveira. "O senhor é presidente mas não obteve a maioria da votação. A maioria está contra esta Direção e tudo o que o senhor proponha será votado contra. O Vitória está morto, não existe. Os sócios não se revêm nesta promiscuidade e só há um caminho: demita-se", afirmou.
O presidente da AG tentou colocar água na fervura e lembrou aos associados que um eventual terceiro chumbo nas contas poderia implicar a perda do Estatuto de Utilidade Pública e consequentemente o fim do clube. "Estes chumbos sistemáticos têm consequências. Uma delas é a perda do estatuto de Utilidade Publica e se isso acontecer será o fim do clube", advertiu.
Cardoso Ferreira deixou ainda uma recomendação aos associados. "Os sócios têm uma direção que foi eleita há sete meses. Talvez fosse ajuizado esperar pela apresentação das contas de 2018. Ou pela próxima reunião em que vão ser dadas explicações sobre o PER e as contas da SAD. Isto foi um bocado prematuro e emocional. É uma má digestão dos resultados das últimas eleições", rematou.