Aos 34 anos, Ruca, jogador do São João de Ver, lidera o ranking de assistências (oito) da Liga 3, mas preferia mesmo era ter menos dez anos
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Atualmente no terceiro lugar da fase de permanência, a três pontos do líder Braga B e a seis da Sanjoanense, que está em zona de descida, Ruca faz um balanço positivo da temporada do S. João de Ver, que assinou também uma histórica participação na Taça de Portugal. “É uma campanha globalmente positiva, apesar de termos começado mal. Custou-nos a arrancar, talvez por termos alguns jogadores novos e uma nova estrutura, mas, a partir do final da fase regular, melhorámos substancialmente e a equipa tem crescido”, revelou “Na Taça, também tivemos um percurso bonito e histórico; chegámos aos quartos de final e acabámos por perder no último lance do jogo contra o Rio Ave”, lembrou.
Se em termos coletivos, o percurso correu dentro do esperado, em termos individuais superou as expectativas, com o lateral-esquerdo a protagonizar a melhor temporada da carreira, com cinco golos e oito assistências, em 28 jogos, que lhe valem a liderança da Liga 3 no capítulo de passes para golo. “São números bons para um defesa. As assistências são normais; nos golos, dois foram penáltis, um de bola parada e os outros dois de bola corrida. Se puder acrescentar mais, irei fazê-lo”, explicou, embora não romantize a ideia de que quanto mais velho, melhor. “Queria era ter menos dez anos para jogar outros dez, pois o fim de carreira está próximo. É lógico que tenho outra maturidade e experiência. Consigo lidar melhor com os problemas que o jogo traz, mas não considero que seja como o Vinho do Porto”, salientou o jogador, de 34 anos, que se define como “um lateral de cariz ofensivo”, que gosta de integrar a fase de construção da equipa e que tem como principais trunfos “o passe e o cruzamento”.
No que toca a experiência no plantel do S. João de Ver, Ruca equipara-se a André Claro, que também já jogou na I Liga, e Edgar Almeida, que faz parte do lote de capitães, assim como Raphael Mello, nome já bem batido nesta Liga 3. “Temos um misto de experiência com juventude, o que nos tem permitido fazer um bom trabalho”, observou, lembrando que a permanência não está garantida. “Ainda faltam 15 pontos, temos seis de vantagem, mas qualquer deslize pode meter-nos numa zona perigosa. Temos um jogo importante contra o Trofense, no domingo. Se ganharmos, aí sim, podemos dar um passo de gigante”, avaliou, admitindo, ao de leve, por enquanto, que o futuro pode passar pela continuidade no clube. “Agora estou concentrado em garantir a permanência o mais rapidamente possível, mas, se esse for o desejo do clube, não será um problema difícil de resolver, é uma questão de analisar”, finalizou o lateral do S. João de Ver.