O Conselho de Arbitragem da FPF revelou a sua posição contrária ao sorteio dos árbitros nas competições profissionais, decidido pelos clubes em Assembleia Geral da Liga
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As três secções do CA da FPF reuniram-se em Rio Maior e decidiram, por unanimidade, contestar a implementação do sorteio de árbitros, assistentes e observadores em 2015/16, que ainda terá de ser ratificada em reunião magna federativa.
"Manifestar opinião discordante pela introdução do sorteio, qualquer que seja a sua forma, e defender a manutenção do sistema de nomeação por designação direta de árbitros, árbitros assistentes e observadores, por ser este o que melhor defende os interesses das competições, da arbitragem e dos árbitros", lê-se no primeiro de cinco pontos do comunicado do CA da FPF.
O mesmo documento dá ainda conta de que o plenário do CA considerou "inconcebível a proposta de os clubes poderem interferir diretamente na classificação dos árbitros, em resultado da denúncia das suas atuações, por isso representar uma intolerável forma de pressão sobre os árbitros, com consequências prejudiciais para a verdade desportiva", acrescentando que esta proposta "traduz uma desconfiança relativamente aos árbitros e à arbitragem".
Esta estrutura federativa repudia ainda "as ofensas públicas e infundadas à honorabilidade" dos seus membros, advertindo ainda para "a possibilidade de a proposta não estar de acordo com a legislação aplicável em vigor".
Na segunda-feira, a maioria dos clubes representados na AG da LPFP aprovou o regresso do sorteio dos árbitros nos jogos das competições profissionais, através de um sorteio condicionado pela obrigatoriedade de apenas os internacionais dirigirem os jogos considerados de maior dificuldade.
Na terça-feira, o presidente da LPFP, Luís Duque, disse à Lusa que o organismo a que preside já tinha entregado o pedido para a convocação de uma AG extraordinária para a ratificação das alterações ao regulamento de arbitragem.