Conheça melhor Yaremchuk: come 13 vezes por dia e gosta de documentários sobre o espaço

No primeiro jogo como titular pelo Benfica, Yaremchuk decidiu a partida frente ao Arouca, com um golo e uma assistência. Estreando-se a marcar pelas águias ao segundo desafio - bem melhor do que fizera pelo Gent, pelo qual marcara ao oitavo -, Yaremchuk, que disse estar "feliz por marcar o primeiro golo pelo Benfica", apresenta as credenciais de goleador que levaram o clube a gastar 17 M€ na sua contratação.

À procura do melhor entendimento com os colegas, o camisola 15 é um autêntico ponta de lança faminto. Isto porque o avançado precisa de... muito alimento. A revelação foi feita por Christina Yaremchuk, esposa do reforço encarnado. "Ele come 13 vezes por dia e nunca é suficiente para ele", confessou aos seus seguidores no Instagram, adiantando uma faceta curiosa do ex-Gent: "Gosta de ver o National Geographic à noite e programas sobre o espaço e sobre buracos negros. O dia para ele começa com notícias. Gosta de ver notícias sobre futebol e política. É muito difícil levá-lo a algum lado."

Citação citacao É o mais rápido na seleção da Ucrânia a chegar aos dez golos. Fê-lo em 26 jogos, batendo os 29 de Rebrov e Yarmolenko e os 30 de Shevchenko

Filho de um antigo futebolista, Oleg Yaremchuk - que o acompanhou nos primeiros dias em Lisboa -, deu razão a Jorge Jesus, que o classificou como "um verdadeiro nove". "Mostrou que não precisa de muitas ocasiões para fazer golo, é um goleador", referiu o técnico sobre o camisola 15, que faturou no único remate ante o Arouca.

Algo que pelo Gent fez por sete ocasiões, a última das quais já em outubro de 2019, num triunfo por 2-0 ante o Waasland-Beveren. E quanto a golos e assistências no mesmo jogo, conseguiu-o em cinco ocasiões pelo Gent, em 152 jogos.

"Marcar é a minha responsabilidade direta. O meu pão e a minha manteiga", chegou a dizer em tempos, ele que chega à Luz com créditos firmados também na Ucrânia. Isto porque foi o mais rápido a chegar aos dez golos pela sua seleção. Fê-lo em 26 desafios, superando os 29 de Sergey Rebrov e de Yarmolenko e os 30 de Shevchenko.

Yaremchuk já justificou a sua escolha pelo Benfica pela "filosofia de jogo" das águias, apostando numa equipa virada para o ataque. Tal desejo chegou até a valer duras críticas a Laszlo Boloni no início de 2020/21 no Gent. "Não jogámos como uma equipa de topo, mas sim como uma da segunda divisão. Não entendo a nossa forma de jogar, jogamos demasiado à defesa. Assim é impossível chegar à Liga dos Campeões", atirou, sendo visado de imediato pelo ex-treinador do Sporting: "Se não está satisfeito, tem de procurar outro clube. Se tiver de ouvir todos os jogadores vou estar muito ocupado."

A seguir a isso, e com uma pausa para as competições das seleções pelo meio, Yaremchuk ficou de fora do jogo com o Eupen, que o Gent perdeu. Quem acabou por sair foi... Boloni, despedido por maus resultados.

SOLTAS

Declarações levaram a polémica na Rússia
Em 2019, após o triunfo da Ucrânia sobre Portugal, criou polémica na Rússia. "Não somos como a Rússia, que ganha à Escócia e diz que vai ganhar o Europeu", atirou, algo que causou sobressalto no país vizinho, levando a críticas até de deputados russos.

Nem 5 M€ o levam
a jogar no Zenit
Revelando que em casa só fala ucraniano com a sua família, Yaremchuk já mostrou a sua faceta nacionalista ao afirmar que não admite atuar pelo Zenit, nem por um ordenado de 5 M€. "Tenho o suficiente para viver", afirmou, em entrevista no seu país.

Lê autobiografias de futebolistas
Além dos documentários sobre o espaço e das notícias relacionadas com política e futebol, Yaremchuk é também um leitor de livros sobre o desporto-rei. O avançado gosta de ler autobiografias sobre futebolistas, tendo já lido a de Ibrahimovic.

Grandes de Portugal e... o jovem avançado
Em julho de 2019, antes de defrontar e vencer Portugal (em outubro), Yaremchuk revelou que conhecia da liga lusa. "Sigo o FC Porto, Benfica e Sporting. Casillas joga no FC Porto e há um jovem bom avançado no Benfica", disse, em referência a João Félix.

Início aos seis anos e aos 10 decidiu futuro
Com 25 anos e agora a atuar no terceiro país diferente, Yaremchuk começou a jogar aos seis anos. A "culpa" foi do pai, que o levou aos treinos. A paixão foi enorme e levou-o a uma decisão rápida: "Aos dez anos já sabia que queria ser jogador de futebol."

Mundial e Champions como ambições
O "maior sonho" do atacante é "vencer a Champions ou o Mundial", ainda que assuma o segundo como o preferido. Apontando Shevchenko como um ídolo, assumiu no passado a sua admiração pela Serie A, confessando que o Nápoles é o seu emblema preferido em Itália.