Rúben Amorim colocou o avançado do Braga no topo das preferências, mas a recente tensão entre os clubes hipoteca acordos
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Contratar Paulinho, avançado do Braga, sempre foi, como O JOGO oportunamente deu conta, a grande prioridade do Sporting numa ótica de satisfação do desejo de Rúben Amorim em dotar o ataque com o seu antigo pupilo nos arsenalistas, mas a verdade é que por questões políticas tal dificilmente irá acontecer.
O acordo para o pagamento de 12,1 M€ por Rúbel Amorim de forma faseada durante um ano foi necessário. Líder leonino não quer ser acusado de estar a fortalecer um rival desportivo pelas suas hostes
Aliás, o mesmo se aplica a outros nomes que adiante abordaremos. De acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, o líder leonino, Frederico Varandas, e os elementos que estão mais próximos da cúpula diretiva para a área do futebol, casos do diretor desportivo Hugo Viana e o administrador financeiro Francisco Salgado Zenha, fez saber ao técnico que, excluindo a questão financeira, tal desejo será praticamente impossível de concretizar.
A justificação foi, independentemente da questão financeira - que não é de somenos -, que depois dos episódios em torno do pagamento da cláusula de rescisão do treinador aquando da mudança para Alvalade, uma nova negociação com o Braga, um adversário que roubou o terceiro lugar na Liga aos leões na última jornada da temporada 2019/20, seria, além de complexa devido às relações tensas e pouco amistosas entre as partes, dificilmente entendível pelas hostes verde e brancas.
Frederico Varandas continua na mira de contestatários e tal, com elevado grau de probabilidade, seria visto como um reforço financeiro de um clube que procura chegar a um espaço desportivo que o Sporting tem vindo a ocupar nas últimas épocas, isto num ano em que os três primeiros classificados podem vir a entrar na edição 2021/22 da Liga dos Campeões. Recorde-se ainda que esta semana o Sporting e Braga chegaram a um entendimento para o pagamento de Rúben Amorim, em que 12,1 milhões de euros (M€) serão pagos de forma faseada até ao final da época.
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Claro que a questão financeira pesa igualmente, pois António Salvador, presidente do Braga, exige 30 M€ pelo jogador, ainda que em Alvalade todos os esforços fossem admitidos para chegar a uma plataforma de entendimento por metade desse valor, isto incluindo jogadores e um prazo de pagamento alargado. Estes argumentos seriam, como oportunamente demos contas, objeto de debate sério nos últimos dias de mercado e tal só poderá mesmo ser uma realidade se as partes mudarem de postura entre si, entenda-se os clubes.
A verdade é que o Braga e Sporting sempre tiveram conhecimento do interesse de outros emblemas no avançado de 27 anos por parte de clubes de outras latitudes, porém o atleta vinculado aos arsenalistas até 2023 ainda não foi objeto de ofertas da magnitude desejada pelo líder do clube, mesmo sabendo as partes da vontade de mudar de clube.
Rúben Amorim queria mais arsenalistas
Se Paulinho é nome forte na cabeça do técnico Rúben Amorim para o reforço do plantel, outros foram igualmente considerados e todos eles igualmente afastados depois de algumas tentativas de aproximação e estudo das operações por parte dos leões.
O primeiro deles foi Ricardo Esgaio, que, perante o pedido de 20 M€ de Salvador pelo jogador, foi substituído por Pedro Porro, que chegou por empréstimo de duas temporadas com opção de compra. Vítor Tormena - que pouco jogou com a saída de Rúben Amorim do Braga -, Fransérgio e Ricardo Horta foram igualmente equacionados, isto tendo em vista igualmente um quadro de reforço do plantel que pressupunha saídas. A possibilidade de entrar um defesa-central que atue sobre a direita, ainda está de pé, dependendo em parte da saída de um dos seis defensores, no caso Borja, que tem contado como central.
O setor intermediário recebeu, ou deverá receber, um reforço inesperado, caso de João Palhinha, eliminando a possibilidade de uma aquisição, até porque Pedro Gonçalves também foi incorporado, proveniente do Famalicão. Já o extremo foi sempre colocado como um último pedido na lista, onde constava Nuno Santos, contratado ao Rio Ave. Os leões procuram alternativas para ir de encontro à necessidade do técnico em contar com mais um avançado.