Declarações de Sérgio Conceição na antevisão ao jogo com o Tondela, da ronda 26, que tem início marcado para as 18h00 de domingo.
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A evolução de Pepê e possibilidade como lateral: "É um jogador explosivo, muito desequilibrador nas situações de um contra um. Agora, ganhando alguma agressividade, consegue, com bastante acutilância, partir de trás para a frente de uma forma muito interessante, jogando como lateral. Dá aquela largura e profundidade ao jogo, mas também joga bem por dentro, porque é um jogador que roda com muita facilidade. Tem evoluído de forma muito positiva, tem ainda um caminho a percorrer, mas estamos a ver um Pepê cada vez mais familiarizado com o futebol europeu, e isso deixa-me muito agradado.
Desafios perante um calendário apertado: "Tempo temos, há sempre três dias, mas não há disponibilidade física dos jogadores para trabalhar no campo. É o que mais sentimos. Temos um grupo de trabalho que conhece as ideias da equipa e aquilo que queremos, mas, numa semana limpa, fica sempre mais conteúdo trabalhado no espaço real do que só em vídeo e no quadro."
Sistema tático: "Há uns anos, tinha avançados diferentes dos que tenho hoje ao nível das características, como Marega e Soares. Temos de encontrar a forma de integrar melhor os jogadores que temos dentro de uma ideia de jogo, que tem como base algumas características que gosto que os jogadores cumpram. Estamos muito bem, somos uma equipa que cria muito no meio-campo ofensivo. Temos jogadas e combinações fantásticas, e golos espetaculares. Temos também consistência no processo defensivo, não na organização defensiva, que tem vários momentos. Num ou noutro momento, está a faltar o que tínhamos como equipa e que temos de ter. É desse equilíbrio que nós, treinadores, estamos sempre à procura. Desculpem, estive três horas no tribunal, ontem. O tribunal matou-me [risos]. Tendo Pepê, Vitinha, João Mário... Jogadores mais levezinhos, que não conseguem dar o que outros jogadores deram ao longo destes quatro anos. Não tem a ver com o sistema, temos de olhar para o futebol com um objetivo principal, que é ganhar. Dentro desse objetivo, há dois que se dividem: fazer golos numa baliza e não sofrer. Acho que o mais importante é o defensivo, e eu não sou um treinador defensivo. Somos sempre a melhor equipa ao nível dos golos. Importante é guardar o zero, porque garante sempre o ponto mínimo. Muitas vezes, no FC Porto, estas provas internas podem ser enganadoras, porque pensa-se muito no processo ofensivo e em dar essa espetacularidade de que também gosto, mas há outros momentos tão importantes como esse, para que esses jogadores sejam o que são no processo ofensivo, mas também estejam presentes quando perdemos a bola."
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