Continuidade em 2020/21 leva-o à quarta época no FC Porto.
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A continuidade de Sérgio Conceição no FC Porto para (no mínimo) uma quarta época é um desejo assumido publicamente por Pinto da Costa e faria desta ligação uma das mais duradouras entre os grandes clubes dos principais campeonatos europeus da atualidade.
Salvo uma (inesperada) surpresa, quer de Conceição, quer dos restantes, apenas quatro começariam 2020/21 com mais tempo numa equipa de forma ininterrupta do que o português.
O grupo é de luxo e contempla os nomes de Diego Simeone (décima época no Atlético de Madrid), Jurgen Klopp (sexta no Liverpool), Simone Inzaghi (sexta na Lázio) e Pep Guardiola (quinta no Manchester City). Zinedine Zidane poderia ser o outro membro deste clube restrito, já que deverá cumprir uma sexta temporada no Real Madrid, mas convém não esquecer que o francês saiu no final de 2017/18 para dar lugar a Julen Lopetegui e só fez os últimos 11 jogos de 2018/19.
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Contratualmente não há margem para quaisquer dúvidas sobre o futuro de Sérgio Conceição no FC Porto. O vínculo do treinador de 45 anos, renovado a 1 de março de 2019, antes de um clássico com o Benfica, estende-se até 2021 e Pinto da Costa já expressou a vontade de o prolongar. O presidente do FC Porto não apontou uma data, mas afirmou, na ressaca das comemorações pela conquista do título, que Conceição só sairia quando morresse. "Espero vê-lo muitos anos, porque não espero morrer tão cedo", declarou o líder da sociedade azul e branca ao "Porto Canal". O técnico sorriu e garantiu que estará sempre junto do presidente. Assim, parece existir apenas um cenário possível que pode colocar um ponto final num casamento que em três temporadas rendeu dois campeonatos e uma Supertaça Cândido de Oliveira: um dos principais emblemas europeus se interessar pelo treinador e bater a respetiva cláusula de rescisão, fixada nos 20 milhões de euros.
Só Jesualdo ficou quatro anos com Pinto da Costa
Manter um treinador durante quatro épocas consecutivas não seria inédito na liderança de Pinto da Costa, mas seria um fenómeno raro. Em 38 anos de presidência, isso só aconteceu uma vez, com Jesualdo Ferreira. O professor, atualmente nos brasileiros do Santos, esteve à frente dos destinos da equipa entre 2006 e 2010, conquistando a I Liga por três ocasiões, a Taça de Portugal por duas e a Supertaça uma. Internamente, só lhe fugiu a Taça da Liga, apesar de ter marcado presença na final por uma vez. Sérgio já lá foi duas e, além de poder tornar-se no primeiro a vencer esta competição na história do clube, uma quarta época permitir-lhe-ia ultrapassar Jesualdo na tabela de treinadores com mais jogos pelo clube. À frente só ficariam dois ícones: Artur Jorge e, claro, Pedroto.