Criativo de 18 anos continua a ser alvo preferencial dos leões, ao abrigo da parceria com o Manchester City, apesar da alegada intromissão do Boca. Ainda só mostrou metade do que vale, diz antigotreinador
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O Boca Juniors terá marcado uma posição na corrida pela contratação de Thiago Almada, médio-ofensivo de 18 anos do Vélez Sarsfield que tem o Manchester City no seu encalço e Alvalade no horizonte, no âmbito da parceria celebrada entre citizens e leões. É o Sporting, assim, que está na linha da frente para receber um jogador já muito cobiçado e que ainda não mostrou tudo o que tem para dar. Essa é pelo menos a opinião de quem o ajudou a crescer nas camadas jovens do Vélez, o ex-jogador do clube e agora técnico Marcelo Bravo.
"Penso que ainda está a adaptar-se ao patamar profissional, porque até agora deu 50% do que pode dar, pelo que o vimos fazer nas camadas jovens. É muito mais do que mostrou até agora, leva menos de um ano na equipa principal. Mas sem dúvida que pode ir já para a Europa, porque é um jogador distinto e tem muito mais para dar", começou por apresentar a O JOGO o treinador que acompanhou toda a evolução de Thiago Almada, antes de concretizar as variantes táticas que marcaram o percurso do criativo pretendido em Alvalade: "Nas camadas jovens, fartava-se de fazer golos. Deixei sempre que jogasse livre, fosse como médio-ofensivo ou como segundo avançado. Depois pedia-lhe que explorasse os flancos, porque no corredor central havia muitas pernas e muito choque. Agora vejo-o a jogar à vontade a partir da esquerda, para receber de frente e fazer a diagonal, e não de costas para a baliza. O Thiago sente-se melhor a jogar assim, porque quando se enquadra com a baliza, parte-te todo, seja a tirar três adversários do caminho com a sua habilidade ou a fazer o passe de morte para um avançado. Tem uma grande visão de jogo."
"Ainda só deu 50% do que pode dar. Joga contra o Boca ou o Barça como na rua dele"
"Tive o Thiago em todos os escalões de formação. Já com 10/11 anos se notava que se distinguia dos demais. Fisicamente era dos mais baixinhos, mas estava claramente acima dos outros ao nível técnico e tático. Além da habilidade com a bola nos pés, desde miúdo que sabia ler muito o jogo, percebia exatamente quando jogar rápido, quando parar ou quando fazer a assistência para golo. É um jogador muito inteligente, que qualquer técnico gostaria de ter na sua equipa", garantiu Bravo, antes de traçar o perfil de Almada: "É um atrevido que desfruta o que faz. Ele joga igual contra o Boca, o Barcelona ou na rua, no seu bairro. Nada lhe pesa pela sua forma de jogar e viver o futebol. É puro prazer."
Uma nota final para um aspeto menos positivo, a rever. "O que mais lhe custava era a recuperação. Pedia-lhe que pelo menos acompanhasse o trinco adversário e aos poucos foi melhorando", observou Marcelo Bravo.
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