Uruguaio treinou na quinta-feira com normalidade em Alcochete e acelera para jogar de início frente ao Santa Clara. Barny e Nélson ressalvam a O JOGO a importância do capitão
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Rúben Amorim teve Coates e Jovane no treino de quinta-feira e o regresso do uruguaio sem condicionamentos, depois de uma lesão muscular na face posterior da coxa direita ocorrida no Bessa, há três semanas, é uma notícia importante para o técnico que procura regressar às vitórias fora na Liga, estancar a baliza (15 golos sofridos em 11 jogos) e readquirir confiança depois do desaire europeu contra o Marselha.
Central teve uma lesão muscular na coxa direita, foi gerido na semana passada, mas está apto para ir a jogo. Barny prefere Inácio à direita, Nélson escolhe St. Juste em vez de Matheus Reis.
O capitão tem sido indiscutível para Amorim: o ano passado realizou 41 jogos das 42 convocatórias onde teve presença, só sendo poupado diante do Leça, na Taça de Portugal. Este ano estava intratável até se lesionar no Bessa, falhando jogos com o Gil Vicente e Marselha. A lesão foi tratada com cautela, confiando na leitura que o capitão faz do corpo, até tendo em conta a forma como gere o físico apesar da lesão crónica no joelho. No entanto, sempre que está disponível Rúben Amorim chama-o ao centro da defesa. Nesse sentido, O JOGO tomou o pulso a ex-defesas leoninos acerca do previsível regresso do capitão.
Em 2021/22, Coates realizou 41 jogos de leão ao peito, sendo convocado para 42 partidas. Só ante o Leça, na Taça, não foi utilizado. É crucial para Amorim.
"Coates deve voltar porque é peça fundamental. O facto de ter estado fora não retirará confiança", advoga Pedro Barny, ex-central, que militou no Sporting em 1992/1993. "O Coates é uma referência para a equipa, é o chefe de fila, o capitão. Os colegas têm-no como referência, assim a equipa pode tornar-se mais coesa", corrobora Nélson, lateral que vestiu de verde e branco desde 1991 a 1996.
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Inácio começou a época no lado direito do eixo pela lesão de St. Juste, depois foi para a esquerda, desviando Matheus Reis para a ala. Marsà fez no campeonato ante o Gil Vicente o primeiro jogo como titular, mas saiu do onze para a entrada de St. Juste na Champions. Só Neto, com uma entorse no joelho esquerdo, está fora. Face às opções, Barny e Nélson divergem no trio para sábado: "Colocaria o trio mais rotinado, composto por Inácio, Coates e Matheus Reis. Ter St. Juste e Coates pode ser um risco acrescido face aos problemas físicos recentes de ambos", considerou Barny, com algumas dúvidas acerca de St. Juste. Nélson acredita que, por ser destro, o neerlandês parte com vantagem: "Por jogar com o pé direito pode fazer mais sentido. E o Inácio na esquerda, diria."
Adán reúne a preferência à frente de Franco Israel
Franco Israel será o titular na receção ao Marselha face à expulsão de Adán, em França. A baliza, nos Açores, deverá ser, ainda assim, de Adán. O guardião de 35 anos reúne a preferência dos entrevistados em relação ao uruguaio, ex-Juventus, que somou em França o primeiro jogo e minutos oficiais pelos leões.
"Adán deu uma estabilidade que o Sporting não tinha. Acho que vai jogar frente ao Santa Clara, porque cada jogo no campeonato é uma final. Dá mais garantias", explica Barny. Nélson diz que o espanhol precisa de confiança: "Colocaria na mesma o Adán. Até para o poder recuperar. Teve um dia infeliz como há poucos. Ficar sem jogar seria pior."
"Falta constância a St. Juste"
Nélson considera que "ainda deu pouco para ver" o que vale St. Juste, dando-lhe o benefício da dúvida. Já Pedro Barny considera que falta consistência ao reforço vindo do Mainz. "Ainda tenho dúvidas. É rápido, mas falta-lhe constância e prezo muito isso num central. Sempre que joga, é preciso mostrar aos adversários que não têm ali uma oportunidade. E para já os adversários exploram essa facilidade. O Rúben saberá melhor, conhece o caráter do jogador, mas até ele ter uma sequência de jogos que me mude a opinião sinto que lhe falta constância no rendimento", opina Barny a O JOGO.
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