Clube da Guarda e dirigentes constituídos arguidos por auxiliarem imigração ilegal
SEF declarou, após executar mandados de busca, que "o clube, a coberto de cartas-convite, na maioria para prestação de provas, terá garantido a entrada de atletas no país"
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Um clube da Guarda, o presidente e mais quatro dirigentes, todos de nacionalidade estrangeira, foram constituídos arguidos, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), por prestarem auxílio à imigração ilegal e por falsificação de documentos.
O SEF, que executou mandados judiciais de busca a residências onde o clube aloja os respetivos jogadores do plantel, declarou que "o clube, a coberto de cartas-convite, na maioria apenas para prestação de provas, terá garantido a entrada de atletas no país".
No comunicado do órgão sob tutela do Ministério da Administração Interna, é descrito que "o cidadãos eram inscritos como profissionais por forma a obterem regularização em Portugal como subordinados", sem qualquer salário e eram até instrumentalizados.
"Verificou-se não haver pagamento salarial. Seriam, ainda, utilizados no mesmo esquema de angariação requerentes de vistos de Estada Temporária para exercício de atividade amadora, alegadamente obtidos com recurso a declarações falsas", lê-se.
Na ação levada a cabo pelo SEF, esta quinta-feira, os agentes apreenderam documentação relativo a contratos de trabalho por conveniência, material informático e identificaram 34 pessoas, 31 das quais estrangeiras (24 são atletas do clube).
O SEF detalhou que os jogadores "vivem em condições precárias de sobrelotação".