Chamado a render Diogo Costa em dois jogos do campeonato, guarda-redes do FC Porto confirmou o seu valor, conforme destaca em entrevista a O JOGO
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Se o balanço em termos coletivos não podia ser positivo, a nível individual, Cláudio Ramos terminou com seis jogos, dois dos quais já na reta final do campeonato, numa altura em que Diogo Costa recuperava de lesão. Na opinião do guarda-redes, as exibições que assinou provaram que está pronto para assumir a baliza sempre que for necessário.
“Trabalhei todos os dias para ser melhor, para ter oportunidade de jogar”, começa por dizer. A primeira oportunidade da época surgiu em outubro, frente ao Sintrense. “Temos um grupo de guarda-redes com muito valor, em que todos lutam por fazer melhor a cada treino e a cada jogo. Tendo noção de que a oportunidade poderia surgir mais nas Taças que disputamos, acabou por ser uma época também frustrante” admite, dando um exemplo. “O jogo com o Moreirense, para a Taça de Portugal, foi o espelho do que já disse: o adversário aproveitou os únicos erros que cometemos e fomos eliminados num jogo que parecia controlado”, lamenta. “Acima de tudo, demonstrei que estava preparado para saltar para a baliza em qualquer momento, como aconteceu na parte final da temporada”, acrescenta o beirão.
Um portista como os da bancada
Cláudio Ramos chegou ao FC Porto em 2020, depois de nove temporadas a defender a baliza do Tondela com exibições que lhe valeram, inclusive, a chamada à Seleção Nacional. No Dragão, começou como alternativa a Marchesín e, depois, de Diogo Costa, jogando mais nas taças. Mesmo assim, ganhou rapidamente o reconhecimento dos companheiros, que lhe destacam a capacidade de liderança, ao ponto de, no início desta época, ter integrado o lote de capitães. “Hoje sou um portista como aqueles que se sentam na bancada do Dragão ou dos outros estádios a apoiar o clube. Sinto muito aquilo que nos afeta e tento, todos os dias, ajudar dentro e fora do campo a suprir as falhas que possam acontecer. Os anos de profissão e o trajeto que cumpri deram-me uma maturidade que tento passar na forma de estar no balneário perante colegas, mas também fora dele, com a direção e o staff, que está sempre connosco”, sublinhou.