Guarda-redes terá, no mínimo, dois jogos para mostrar que poderá ser o próximo número 1 se Diogo Costa deixar o clube. A saída prematura do FC Porto das taças encurtou o número de jogos do viseense esta época, mas Natxo González, que o orientou no Tondela, diz em O JOGO que é “uma garantia de fiabilidade”.
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A longa espera de Cláudio Ramos por uma oportunidade na I Liga em 2024/25 terminou. A lesão sofrida por Diogo Costa atira-o para a titularidade, no mínimo, nos próximos dois jogos (Estrela da Amadora e Moreirense), que também representarão um teste à capacidade do guarda-redes natural de Viseu para assumir a baliza do FC Porto a breve prazo. Com o futuro do habitual número 1 da hierarquia envolto em dúvidas, devido ao interesse que vai despertando em clubes de campeonatos com maior notoriedade, Ramos poderá marcar pontos importantes junto de Martín Anselmi, com quem nunca jogou. O argentino já lhe “tirou a pinta” nos treinos, mas a avaliação só será completa em jogo, até porque o modelo que tem procurado implementar nos azuis e brancos exige algo mais ao guardião do que simplesmente defender a baliza. E a verdade é que também nunca jogou neste sistema de três centrais.
Com 33 anos e praticamente cinco épocas completas no FC Porto, Cláudio Ramos já sentiu o peso do testemunho de Diogo Costa. O guardião defendeu as finais da Taça de Portugal e da Taça da Liga de 2022/23 e, quem o conhece bem, garante em O JOGO que a chegada ao Dragão não foi obra do acaso. “O Cláudio tem todas as capacidades para estar no FC Porto. É uma garantia de fiabilidade quando chega o momento de jogar. Pode não ter jogador muito nos últimos anos, mas ganhou mais experiência”, refere Natxo González, que orientou Ramos na derradeira época (2019/20) em que representou o Tondela antes de rumar à Invicta e, por isso, avança com os argumentos que sustentam esta opinião. “É um guarda-redes rápido, ágil e muito bom taticamente. É capaz de interpretar bem o que o jogo está a pedir, além de ser bastante completo com os pés”, indica o espanhol. Algo que tem ainda mais importâncias no estilo do treinador argentino dos dragões.
Não tendo a capacidade para prever o futuro, Natxo González é moderado nos vaticínios relativamente a Cláudio Ramos e à próxima temporada. Contudo, lembra que já deu provas mais do que suficientes. “Não é qualquer um que consegue o recorde que ele conseguiu [jogos consecutivos]. Quando estava no Tondela, era um dos guarda-redes mais importantes de Portugal e por isso é que foi chamado à Seleção e assinou pelo FC Porto. Só precisa de ter alguma continuidade para recuperar essa dinâmica”, refere o agora técnico do modesto Amorebieta, do terceiro escalão espanhol, que finaliza destacando as características que levaram Ramos a integrar o grupo de capitães dos azuis e brancos. “Guardo recordações muito boas do Cláudio, estava sempre disponível para trabalhar. Num clube como o FC Porto pode ser diferente, mas era um líder no Tondela e acredito que não tenha perdido isso”, remata.