"Clássico? Tenho muitas histórias, mas a mais marcante foi a do balneário intoxicado"
Vítor Paneira, ex-jogador do Benfica, comenta em O JOGO sobre o clássico deste domingo
Corpo do artigo
Sete temporadas ao serviço do Benfica permitiram a Vítor Paneira rechear o currículo com dezenas de clássicos e, em declarações a O JOGO, o agora treinador do Varzim recorda um episódio em particular vivido nas Antas. “Tenho muitas histórias, mas a mais marcante foi a do balneário intoxicado. Tivemos de equipar-nos num corredor estreito e minúsculo, sem saber do material. E ainda fomos aquecer com o relvado completamente encharcado. Há esta parte estratégica, que funciona nestes clássicos a nível mental”, recorda o ex-futebolista. “A decisão passa muito pela parte mental, porque as equipas, normalmente, são muito iguais. O FC Porto atual pode estar uns furinhos abaixo, mas num clássico isso não se nota”, afirma Paneira.
Muitos treinadores dizem atribuir a mesma importância a todos os adversários, mas o ex-Benfica defende que os jogos grandes têm sempre um cariz particular. “Ao dizer que não vai ver este clássico, o Rui Borges, treinador do Sporting, não estará a dizer totalmente a verdade. Todos os que estão numa fase decisiva estão sempre atentos a tudo o que se passa nos outros campos. E estes jogos são vividos antes, durante e depois. Envolve Imprensa e adeptos”, refere Paneira, que, sobre o duelo desta noite, vê o Benfica “com muito mais a perder do que o FC Porto”. “Sabemos a rivalidade que há entre os dois. Ninguém quer ficar mal. Além disso, nestes clubes os jogos são sempre para ganhar”, remata o técnico de 59 anos.