Geraldo Matsimbe, do Juventude de Évora, decidiu o dérbi da cidade alentejana, contra o Lusitano, vitória que levou à subida ao segundo lugar.
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Cerca de duas mil pessoas assistiram, no Campo Estrela, ao dérbi eborense entre Lusitano e Juventude, que, ao contrário do jogo da primeira volta, pendeu para o Juventude, vencedor por 1-0 numa espécie de "vingança" do desaire por 2-1 sofrido em novembro.
Coube ao médio-defensivo Geraldo Matsimbe decidir o dérbi, o último a realizar-se naquele recinto, no final de uma semana em que os adeptos não falaram de outra coisa. "Diziam que era um jogo diferente. Ficámos tristes porque na primeira volta perdemos, merecíamos mais e tínhamos de o provar. Conseguimos dar a volta", diz o internacional moçambicano a O JOGO. "Decidir o dérbi é um orgulho. Foi um jogo muito difícil e queríamos subir na tabela. Felizmente, conseguimos", acrescenta. O jogador, 30 anos, marcou aos 18 minutos, porém, na segunda parte, a expulsão de Digas, aos 65", forçou o Juventude a agarrar-se à margem mínima até ao apito final. "Foi um jogo de sofrimento na segunda parte, porque na primeira dominámos. Depois, o Lusitano foi superior e tivemos de nos defender com tudo para garantirmos o triunfo", reconhece.
Apesar da ascensão a um lugar de acesso à fase de subida, a Liga 3 não é um objetivo. "Claro que somos ambiciosos, mas não lutamos pela subida. Não estamos obrigados a isso. O principal objetivo é a permanência. Vamos jogo a jogo, com calma", vinca. Natural de Maputo, Geraldo veio para Portugal em 2014, contratado ao Liga de Maputo para jogar no Braga B. No ano seguinte mudou-se para o Nacional, onde, pela mão de Manuel Machado, se estreou na Liga Bwin. Depois, andou de empréstimo em empréstimo, entre Fafe e Amora, antes de voltar ao Costa do Sol, em 2021, regressando a Portugal na época transata para jogar novamente no Fafe. "Não mudaria nada na minha carreira. As coisas não eram para ser de outra forma. Errei em certas coisas, mas não dá para voltar atrás", recorda. A diferença entre o futebol africano e o europeu também pesou. "Deparei-me com um mundo novo. Tive de me adaptar a um futebol diferente, ao clima, e levei um certo tempo", explica.
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