Todos os clubes aprovaram a nova regra, por e-mail, mas Benfica e Marítimo levantaram receios de impugnação. Solução é um papel assinado.
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Benfica e Marítimo complicaram a adoção temporária da regra das cinco substituições, já aprovada pela Direção da Liga, depois de consultados os 18 clubes do principal campeonato português.
A falta de votação em Assembleia Geral, que é de facto obrigatória, foi invocada pelos dois emblemas como sério risco de impugnação da prova, cujo reinício está agendado para 3 de junho.
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A grande dificuldade é que não há forma de realizar uma AG antes do dia 9 de junho, ou seja, já com o campeonato a decorrer. Até lá, pesam as proibições do Governo, que não autoriza reuniões com mais de dez participantes antes do início do mês, a falta de datas alternativas e a renitência dos clubes em votarem por videoconferência, ou seja, sem a possibilidade do voto secreto.
O mais curioso é que todos os associados da Liga aceitaram a adoção da regra das cinco substituições, possibilitada pelo IFAB (Internacional Football Association Board) para este final de época, como forma de compensar o pouco tempo de preparação disponibilizado aos jogadores.
Regra tem de ser aprovada em Assembleia Geral, mas ela é impossível antes do dia 9 de junho. Benfica e Marítimo temem que clubes deem o dito por não dito e usem a irregularidade para impugnar os jogos
Para resolver a situação, a Liga começou por pedir a cada clube, via e-mail, que se pronunciasse sobre o assunto e obteve 18 respostas positivas, incluindo as dos agora contestatários Benfica e Marítimo. Essa sondagem foi tido como suficiente para avançar com a integração da regra no regulamento de competições, com o condição de ter de ser ratificada, à posteriori, na assembleia marcada para 9 de junho.
Perante os obstáculos levantados agora por lisboetas e madeirenses, e apesar do consenso, a Liga terá de se suportar legalmente para poder introduzir a norma nestes dez jogos que faltam no campeonato 2019/20. Sem peso jurídico, e entretanto já postos em causa pelos clubes contestatários, os e-mails de assentimento não possuem validade suficiente para garantir uma ponta final de competição sossegada, pelo que será necessário a assinatura, pelas administrações das 18 sociedades, de um declaração clarificadora.
Esta sexta-feira deverá haver novidades sobre mais um tema rebuscado na história recente da Liga Portugal.