Chumbo aos bons meninos: juventude no Vitória não pode ser desculpa

O Vitória prolongou a sua quebra no campeonato para quatro jogos sem vencer - outros momentos maus tivera entre a jornada 3 e 5 e entre a 14.ª e 17.ª - nas quais foram averbadas três derrotas, esvaziando os lucros obtidos no arranque da segunda volta com cinco vitórias e um empate em seis jogos.

Moreno relativizara os prejuízos antes do Boavista, socorrendo-se de números mais globais, mas a própria vitória do Arouca sobre o Marítimo tratou de cimentar o quadro mais dramático dos conquistadores.

A realidade coloca indicadores e desafia certas leituras, até porque o plantel do Vitória nunca pareceu estruturalmente preparado para uma discussão europeia. Uma juventude promissora é que deu melhor conta do recado do que se previa e foi animando as contas da plateia, conseguindo Moreno impor o seu ADN e a busca da superação para lá do talento .

A juventude, ou entenda-se também prata da casa, é, por norma, chamada a discussão com mel ou fel, ajudando quando é hora de potenciar vendas e engrandecer a formação, sendo aposta dúbia quando os resultados invocam problemas. O capitão André escalpelizou, ainda no relvado, erros primários no Bessa. "Não pode ser isto da idade, nós a partir do momento em que somos seniores, é tudo igual. Não podemos ter este rótulo de meninos, não pode ser. Temos de estar concentrados o jogo todo e custa perder assim. Estávamos por cima, estávamos melhores e mais perto do segundo golo e saímos daqui frustrados", disse o médio, num aviso à navegação, que trespassa idades, não havendo contemplação ou pressa de atenuar o que quer que seja.

André falou mesmo num sentido figurado, até porque este Vitória já foi capaz de ganhar muitos jogos com média de idade inferior ao onze apresentado frente ao Boavista. Diante dos axadrezados arrancaram seis sub-23, ao passo que no triunfo nos Açores, o último, alinharam sete no desenho inicial.