Chermiti recorda chegada ao Sporting: "A minha mãe ainda torceu um pouco o nariz"
Chermiti diz que não se sente um jogador da equipa principal do Sporting e tenta todos os dias afirmar-se junto de colegas e treinador
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A cumprir a primeira época na equipa principal do Sporting, com 21 jogos e três golos marcados, Chermiti está a viver o sonho que trazia dos Açores. Ainda assim, e apesar de fazer parte das escolhas de Rúben Amorim (12 vezes titular) o jovem avançado admite que ainda não se sente verdadeiramente no lugar que ocupa e que todos os dias tem a perceção de que ainda tem algo a provar.
"Ainda estou nos primeiros passos. Ainda tenho de me afirmar aqui, para mim ainda não penso que estou na equipa principal. Estou, mas ao mesmo tempo acordo todos os dias com a sensação de que me tenho de afirmar mais, tenho de me mostrar mais à equipa, ao treinador...", disse em declarações à Sport TV.
Jovem jogador recorda a altura em que, aos 12 anos, teve de decidir deixar a família nos Açores para ir para o Sporting. Sobre a época atual, o camisola 79 garante que tem um longo caminho a percorrer.
Com 12 anos mudou-se da ilha de Santa Maria, nos Açores, para a Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete, e recorda que a decisão foi fácil de tomar: "Não hesitei quando o senhor Aurélio Pereira chamou o meu pai para termos uma reunião. O meu pai disse que eu é que ia dar a resposta, e eu não hesitei, disse logo que sim. Agora, passados uns anos, o meu pai já me disse: "Não sei como é que tu com 12 anos, naquela altura, não hesitaste em dizer sim ou não". A minha mãe é que ainda torceu um pouco o nariz, é normal", relembra o avançado, que admite a dificuldade de ter deixado a família tão novo.
"O primeiro ano foi muito difícil. Tive muitas saudades da família, da minha mãe, do meu pai, dos amigos...foi difícil. Estive cá [em Alcochete] em dezembro, à experiência, e depois vim logo em janeiro. O senhor Aurélio Pereira quis assim. Então, foi tudo muito rápido". Chermiti lembra também os tempos em que, ainda pequeno, sonhava ser jogador: "No outro dia, a minha mãe estava a falar comigo e dizia: "Ainda me lembro quando tu dizias que querias ser jogador e eu dizia que era praticamente impossível". Eu sou mesmo feliz aqui", concluiu.
Nos Açores, já é uma referência
Chermiti conta que durante a infância praticava várias modalidades. "Eu tinha muito tempo livre depois das aulas, praticava andebol, basquetebol, futsal. Acho que tinha jeito para o andebol, depois no basquetebol os meus irmãos e o meus pai também jogavam", conta. Nos Açores, jogou futebol na Associação Clube de Futebol Pauleta e admite que já o olham como um exemplo a seguir: "Também o sonho de chegar onde eu cheguei, acho que ainda não é nada de especial, mas já é alguma coisa. Claro que me têm como referência".
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