Vítor Lima terminou a carreira no último jogo da época anterior e integra agora o scouting do Famalicão. Jogou no estrangeiro, mas ficou a mágoa de não ter atuado na I Liga.
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A carreira de Vítor Lima terminou no último jogo da temporada passada. O agora ex-médio, 36 anos, encerrou um percurso começado no V. Guimarães e pelo qual passou por dez clubes e quatro países (Espanha, Escócia, Grécia e Chipre). "Foi uma carreira positiva, mas fica sempre aquele espaço vazio por não ter jogado na I Liga em Portugal e ter jogado na I liga de outros países", desabafou. As últimas quatro temporadas foram passadas no Famalicão, clube do qual se tornou adepto. "Sou famalicense até morrer. Foi marcante subir com o Famalicão para a II Liga e cimentar o clube neste escalão", contou.
Nos dez anos passados longe de Portugal, Vítor Lima teve histórias peculiares, especialmente na Grécia. "Lá assaltaram-me o carro e fui fazer queixa à polícia, mas os polícias disseram-me para ir noutro dia, pois estavam a ver futebol... Disse-lhes que no dia seguinte tinha de ir para estágio e eles disseram-me para ir depois do estágio. Cheguei a ver um polícia a andar de mota, sem capacete e a mandar mensagens", recorda, rindo.
O agora membro do departamento de scouting dos famalicenses sofreu, na pré-época de 2012/13, uma rotura dos ligamentos cruzados, então no Ethnikos (Chipre). "O presidente queria dispensar-me, mas o treinador opôs-se e disse-lhe que sairia se eu me fosse embora. Fiquei, fiz os últimos dez jogos e no fim da época queriam renovar, mas eu não quis." São algumas memórias de quem fez mais de 400 jogos.