Sérgio Conceição, treinador do Braga, considera que não tem tido a proteção que deseja e garantiu que só falará quando for institucionalmente obrigado.
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Acabaram-se as conferências de Imprensa de antevisão dos jogos em Braga. O ponto final foi anunciado esta manhã por Sérgio Conceição, que não tem gostado nada das análises que se têm realizado aos desempenhos dos arsenalistas.
"Se caísse aqui de para-quedas e não soubesse o trajeto das equipas, definiria o Braga com algumas palavras que ouço constantemente: que tem agressividade, que [o treinador] deu dois murros na mesa, que tem um discurso para intimidar os jogadores... Nem sabia se o Braga tinha ganho 7-1 e se estava a realizar um trajeto fantástico, que em relação ao passado até é fabuloso. Nunca ouço dizer que a organização do Braga é fantástica, do talento e da inspiração dos jogadores... Ninguém fala da qualidade do Braga como equipa", vincou.
Num conferência sem direito a qualquer pergunta, Conceição queixou-se ainda de falta de proteção contra alguns ataques vindos de outros clubes -- como foram os casos do vice-presidente do V. Guimarães, Armando Marques, e do presidente do Marítimo, Carlos Pereira --, numa mensagem implícita o interior do clube.
"Não faço mais nenhuma antevisão do jogo; só quando for institucionalmente obrigado. Não tenho ninguém que me defenda. Não tenho ninguém que defenda a minha equipa técnica. Comentam sempre de forma pejorativa. Eu tenho as costas bem largas e suporto isso, mas tenho de concentrar-me no meu trabalho. Chegou o momento de dizer basta", disse Sérgio Conceição.
"Há quatro anos que treinámos e temos tido um percurso ascendente. Não é pagando almoços aos jornalistas, nem tenho um empresário por trás a fazer o trabalho. Acredito que só se tem sucesso nesta profissão quando há três características que se conjugam: mensagem/discurso, trabalho e resultados. E não tem que ver com lóbis, empresários ou bitaiteiros", encerrou.