UM A UM - Análise ao desempenho dos jogadores no Chaves-FC Porto, da Taça da Liga
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CHAVES UM A UM
Igor Rodrigues 5
Não podia fazer mais nos golos sofridos. Ainda conseguiu defender o penálti que Marega viria a marcar na recarga e ainda negou um golo certo ao maliano (57") e outro Otávio (73").
Rafael Viegas 3
Foi batido com uma facilidade assombrosa no 0-1 e no 0-2. Na segunda parte, deixou uma avenida aberta para o golo de Luis Díaz. Noite para esquecer.
Hugo Basto 4
Quase marcou aos 41" na melhor oportunidade do Chaves no jogo, só que lá atrás acumulou algumas falhas de marcação e posicionamento. Foi gato-sapato de Luis Díaz no 1-4.
Kevin Medina 4
Faltou-lhe mais agressividade para abordar os lances que pairaram no seu raio de ação. Aos 29", viu um amarelo por querer fazer golo... com a mão e aos 83" foi para a rua por acumulação de cartões.
José Gomes 4
Não teve pedalada para parar Corona. Viu dois dos quatro golos dos dragões surgirem com cruzamentos do seu lado.
Jefferson 4
Cometeu um penálti infantil com uma entrada fora de tempo. Não conseguiu ser o tampão no miolo que se impunha.
Raphael Guzzo 6
Remou contra a maré num meio-campo sem hipóteses de lutar de igual para igual com o miolo do FC Porto. Teve grande pormenor, aos 42", ao rodar sobre dois jogadores portistas.
Gamboa 5
Uma parte em campo sem ter muita bola e, quando a teve, procurou jogar com critério, conseguindo fazê-lo com alguma clarividência.
Niltinho 5
Fez apenas o segundo jogo da época, teve um remate por cima da barra (21") e estava a querer agitar as alas, mas saiu lesionado aos 42".
Wagner 4
Na primeira parte esqueceu-se que também era preciso defender e deu azo a várias subidas de Saravia. Ofensivamente foi inconsequente.
André Luís 6
Ao ponta de lança nunca faltou espírito de luta, mesmo que esse trabalho tenha sido feito quase sempre sem ter o esférico. Viu o esforço premiado com o 2-4 e agradeceu a companhia dada pela entrada de Platiny.
João Correia 4
Entrou para extremo-direito e passou para a esquerda com a entrada de Bachi, mas pouco conseguiu mostrar.
Platiny 6
Foi lançado ao intervalo para alargar a frente de ataque e não teve medo de ir para cima dos defesas. Finalizou com frieza para o 1-3 e foi dos mais que ajudou para que a mudança de 4x3x3 para 4x4x2 fosse produtiva.
João Bachi 6
O jovem extremo assistiu Platiny para o golo do Chaves. Mostrou créditos para César Peixoto analisar.
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FC PORTO UM A UM
Diogo Costa 6
Ao sétimo jogo sofreu dois golos. Antes fez uma grande defesa (41") a remate de Hugo Basto. Nos golos acabou completamente desamparado, sem qualquer hipótese para defender.
Saravia 6
Meteu bem a bola em Corona (8") para este entrar nas costas do lateral e cruzar para o primeiro golo. Sem grandes exigências defensivas, o argentino deambulou várias vezes pelo corredor no auxílio ao ataque.
Mbemba 6
Determinado no corte e sempre com boas intervenções defensivas, tanto a jogar na antecipação, como a colocar-se para cortar na altura certa.
Marcano 3
No primeiro golo perdeu a bola no meio-campo, tentou recuperar, mas deixou-se antecipar por Platiny. No segundo não conseguiu cortar a bola na zona central, permitindo que André Luís se isolasse para marcar.
Manafá 6
Muito atento para tirar a bola de cabeça (55") perante a ameaça de João Correia, que apareceu ao segundo poste. Não foi obrigado a grande trabalho defensivo, aproveitando para subir pela esquerda.
Danilo 5
Sem pressão ofensiva na sua zona de ação, tentou virar-se para o ataque. Aos 21" errou a meter a bola para trás e criou um desequilíbrio, o que permitiu o primeiro remate do Chaves.
Sérgio Oliveira 6
Adaptou-se melhor ao jogo do que Danilo, graças a uma maior capacidade de passe. Esteve melhor na fase de contenção e a sair para o ataque, trocando melhor a bola e ajudando a equipa a pressionar e a recuperar a bola mais alto.
Corona 6
Excelente cruzamento ao segundo poste (8") para Soares cabecear. Teve uma grande arrancada (61") em contra-ataque, mas desperdiçou-a numa jogada individual sem nexo. Mas foi importante nas combinações pelo seu flanco e no apoio à defesa.
Nakajima 7
Excelente cruzamento no segundo golo de Soares. A subir de rendimento, revelou-se importante nos apoio ofensivos, a surgir entre linhas e na circulação de bola inteligente, sempre à procura de uma brecha, ou de uma entrada a rasgar para desequilibrar. Só esteve infeliz no capítulo do remate.
Marega 6
Jogou descaído na esquerda do ataque, mas surgiu um pouco em toda a frente atacante. O pontapé da grande penalidade (26") não foi bom e acabou defendido, mas cabeceou, na recarga, para o golo. Aos 58" podia ter bisado, quando apareceu entre os centrais para desferir um bom remate defendido por Igor.
Otávio 5
Rendeu Danilo ao intervalo e mostrou perspicácia na forma como aproveitou a entrada de Marega entre os centrais, metendo-lhe bem a bola. Foi mais um para aparecer nos apoios e na circulação de bola, mas não se destacou por aí além.
Luíz Díaz 6
Marcou um bom golo, sem precipitações. Colocou-se bem na esquerda, fletiu para dentro, tirou um defesa do caminho e faturou.
Fábio Silva 6
Na primeira vez que tocou na bola, levou-a até ao ataque para a meter em Luíz Díaz, que marcou. Depois, quase fazia de cabeça um golo ao segundo poste.
A FIGURA
Soares 8
Em dois cabeceamentos em pouco mais de 15 minutos, resolveu o jogo e as contas do apuramento. O FC Porto só precisava de um empate, mas a defesa do Chaves distribuiu prendas antecipadas e Tiquinho aproveitou. Soares, já se sabe, gosta de viajar até Trás-os-Montes, onde já tinha marcado seis golos pelo FC Porto e a que somou mais dois ontem à noite. Mas não foi só com golos que o brasileiro coloriu a sua exibição, trabalhando na área, onde sofreu a falta da grande penalidade de que resulta o terceiro golo.
Aos 50" aproveitou um erro de Jefferson, no meio-campo, para lançar um contra-ataque perigoso, o que ilustra bem a influência que foi tendo também fora da grande área. É claro que com dois golos marcados muito rapidamente, a defesa do Chaves moveu-lhe uma marcação mais apertada, mas Tiquinho soube sempre libertar-se para apoiar o ataque, contribuindo para variar o processo ofensivo da equipa. Está no melhor momento da época.