Emblema transmontano terminou o campeonato na última posição, com 23 pontos
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Um dia depois de ter fechado a sua participação na I Liga com uma derrota por 0-3 frente ao campeão Sporting, o Chaves emitiu um comunicado em jeito de balanço da época, reagindo oficialmente à sua despromoção para a segunda divisão.
Referindo “erros de arbitragem e falta de sorte” como alguns dos fatores que levaram a este desfecho, a administração da SAD flaviense assumiu, ainda assim, responsabilidades pela descida e pediu o apoio dos seus adeptos com vista ao objetivo de regressar ao máximo escalão o mais rapidamente possível.
O Chaves, que somou duas épocas na I Liga após ter subido de divisão em 2021/22, fechou o campeonato na última posição, com 23 pontos.
Leia o comunicado na íntegra:
“Caiu o pano sobre a temporada 2023/2024.
O GD Chaves desceu de divisão e, sem rodeios, assumimos as responsabilidades. Não conseguimos alcançar os objetivos que pretendíamos. Tínhamos como meta continuar no mais alto patamar do futebol português e, dessa forma, cimentar a nossa posição na elite nacional. Onde entendemos ser o nosso lugar e onde voltaremos, estamos certos, num futuro muito próximo. É para isso que iremos trabalhar ainda com mais afinco e dedicação.
Temos o dever de olhar para dentro e perceber o que não fizemos bem. Só tendo noção real dos nossos erros é que estaremos capacitados para os não repetir.
Mas se o primeiro passo para o sucesso é termos a honestidade intelectual de constatar de que houve coisas que não foram bem feitas, também não é menos importante ressalvar que outros fatores contribuíram para este desiderato.
Em alguns jogos importantes deparámo-nos com erros de arbitragem e alguma manifesta falta de sorte. Estes dados não justificam tudo, mas tiveram o seu peso. Antes do início do campeonato, recorde-se, também tivemos alguns contratempos. Perdemos três semanas de planeamento de época. Tínhamos tudo acertado para a continuidade do mister Vítor Campelos, mas, já com contratos fechados, preferiu não continuar no clube, uma saída totalmente inesperada e que nos obrigou a ir ao mercado contratar um novo treinador. E só depois disso é que pudemos avançar para a contratação de novos jogadores. Com tudo o que daí advém. O arranque de campeonato foi extremamente negativo, com cinco derrotas nas primeiras cinco jornadas, mas mesmo depois desse cenário nunca deixámos de trabalhar nos nossos limites para conseguirmos alcançar o nosso objetivo. Algo que, infelizmente, não foi possível.
Reforçamos que assumimos totais responsabilidades por esta descida de divisão, mas não deixamos também de dar garantia de que tudo iremos fazer para recolocar o Chaves no escalão maior. Mesmo com as nossas limitações orçamentais, já o conseguimos por duas vezes. E como se diz na gíria, não há duas sem três.
E porque estamos numa altura de balanço, também recordamos que esta SAD investiu quase 7 milhões de euros em melhorias no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, nomeadamente na bancada nova e na construção do complexo desportivo adjacente. Esta mais-valia, sublinhe-se, permite à equipa principal e também às nossas camadas jovens estarem dotadas de mais ferramentas para representarem o GD Chaves.
Pedimos, humildemente, a todos os que gostam do Chaves para que continuem a apoiar o clube. É nos momentos negativos que precisamos ainda mais da união dos transmontanos.
Depois de avançarmos para a constituição da SAD, em 2013, regressámos à primeira Liga, três anos depois, algo que já não acontecia há 17 anos. E nas últimas oito épocas, cinco foram no principal escalão. O nosso trabalho está à vista de todos. Repudiando as críticas destrutivas, estamos atentos e agradecemos as construtivas. Pois também essas nos ajudam a melhorar. É esta a ambição que nos move e é ao mais alto patamar que queremos voltar. Trabalharemos para isso e contamos com a ajuda de todos aqueles que estiveram sempre connosco e com os que se queiram juntar a nós! Porque o Chaves é de primeira!”.