Guarda-redes brasileiro deve ser titular pela primeira vez esta época em Paços de Ferreira, para a Taça de Portugal. Daniel Ramos, que o lançou na I Liga, diz que dá garantias
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Bruno Varela recebeu esta semana o prémio de melhor guarda-redes de agosto da Liga. Mas o titular da baliza vitoriana, que somou 21,43% das votações dos treinadores, ficando à frente de Zlobin, do Famalicão, e de Diogo Costa, do FC Porto, vai sentar-se no banco pela primeira vez esta temporada, no sábado, em Paços de Ferreira, para a Taça de Portugal.
Após ter sido suplente nos 15 jogos oficiais do Vitória, Charles vai beneficiar da rotatividade que normalmente Rui Borges adota, e também porque o habitual titular tem estado ao serviço da seleção de Cabo Verde, jogando hoje no Botsuana. “É uma alternativa válida ao Bruno Varela”, considera Daniel Ramos, treinador responsável pela estreia de Charles na I Liga, em 2016/17, no Marítimo. “O Vitória está bem servido de guarda-redes. O Bruno Varela tem confirmado o seu valor e o Charles também dá garantias. Se for chamado, tem condições para cumprir”, assegura, lembrando que na época passada, na qual fez 13 jogos, o guarda-redes brasileiro “correspondeu quando foi chamado”.
Embora seja “difícil dizer, à distância”, se o facto de não ter sido utilizado esta temporada poderá ser prejudicial no reaparecimento, o técnico acredita que isso “não seja um problema”. “Quando não estava a jogar, trabalhava muito bem, cuidava-se e demonstrava estar preparado para a oportunidade. Se estiver a treinar bem, com confiança, e a receber a confiança da equipa técnica, será perfeitamente normal que dê conta do recado”.
Há oito anos, Daniel Ramos já confiava “muito” no guardião brasileiro e, agora, “mais evoluído tecnicamente”, define-o como “um guarda-redes muito determinado, corajoso e com alma, a querer ser mais um para ajudar”. “Não tenho dúvidas de que continua a ser esse elemento de equipa”, diz, sobre o jogador que termina contrato no final da época. “É rápido na saída da baliza, preenche-a bem e é muito forte no um contra um defensivo. Quando alguém lhe aparece pela frente, [Charles] tem uma taxa de eficácia alta”, finaliza.