Antigo médio esteve no funeral do antigo companheiro e amigo, esta quinta-feira
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Chaínho, antigo médio e companheiro de equipa de Jorge Costa, marcou presença esta quinta-feira no funeral, realizado na Igreja de Cristo Rei, no Porto.
"É um dia duro para todos. Dar os pêsames à família e a quem viveu muito com ele e teve sentimentos de conquista e coisas positivas. O Jorge faz parte da minha história. Simboliza tudo que eu acredito quer num atleta de alta competição quer como pessoa. Foi um grande capitão, uma pessoa incrível, ajudou todos os que chegaram ao FC Porto, e eu não fui exceção, era meu vizinho, cheguei a ser motorista muitas das vezes do Jorge. Na fase mais difícil, quando cheguei ao FC Porto, em que tinha poucos minutos, ele dizia-me sempre para treinar, que iria conseguir. E foi. Ele disse que tinha o feeling que eu ia jogar e acabei por jogar. Desde aí as coisas começaram a correr bem", começou por dizer à Sport TV.
"Outra situação, um dos meus festejos, a maneira como comecei a festejar, com os lábios, foi ele que disse para começar fazer. O Jorge faz parte de mim e da minha família, convivemos muito fora. Simboliza o espírito. Ele conquistou muitos títulos, já toda a gente falou disso, mas aquilo que levo mais é o aspeto humano. Conheço o Jorge Costa há quase 30 anos. É um dia triste. Com 53 anos, com filhos, uma vida pela frente. Estava em casa a fazer algo de que estava a gostar. Ele era unânime para toda a gente. Numa altura em que estamos num meio de crítica, um meio onde há falta de respeito, em que chegamos a um ponto em que somos muito radicais em tudo, vemos esta união em torno do Jorge Costa... Isto é que é futebol. É isto que temos de levar. Dentro do campo, tudo bem que sejamos adversários, mas fora tem de haver respeito. Quando vejo unanimidade à volta de uma figura que para mim é única, acho que temos de valorizar", concluiu.
Jorge Costa faleceu na passada terça-feira, vítima de uma paragem cardiorrespiratória.