CFO de Villas-Boas critica: "Hipoteca receitas futuras a menos de dois meses das eleições..."
Declarações de José Pedro Pereira da Costa, candidato a CFO do FC Porto pela lista de André Villas-Boas, em conferência de imprensa na sede de campanha de AVB, esta terça-feira
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Negócio Porto Comercial 2: "Temos muito pouca informação, os sócios deviam ter mais informação. Poderá comprometer os próximos 20/25 anos, abrange um conjunto de receitas muito relevante, bilhética, camarotes, publicidade, corporate hospitality. É um negócio estrutural, parece-nos que estas operações deveriam ter mais informação e não deveriam ser concluídas por uma direção em gestão concorrente em final de mandato, mas sim por uma SAD totalmente empossada depois das eleições e validada pelos sócios. Relativamente à dívida, parece-nos bastante importante, e olhando para o perfil de dívida da FC Porto SAD, reestruturar este tipo de dívida no sentido de procurar alongar maturidades e idealmente reduzir o custo associado. A SAD depende muito de factoring e antecipação de receitas, que têm um custo que não está discriminado no relatório e contas, mas sabemos que é um custo pesado. Nós gostaríamos, com esta candidatura, e temos dado passos exploratórios nesse sentido, nomeadamente junto de banca internacional, no sentido de procurar captar dívida a médio e longo prazo, que nos dê algum espaço para respirar no curto prazo, e com condições financeiras mais vantajosas do que aquelas que temos vindo a alcançar. Adivinhamos que o custo seja relativamente caro."
Antecipação das receitas dos direitos televisivos: "Hipoteca receitas futuras a menos de dois meses das eleições. Uma direção em gestão não deveria comprometer as receitas muito para lá do seu mandato. Esta operação não foi minimamente explicada, temos apenas um número de 54 milhões de euros. Não sabemos a dimensão e volume total da operação."