César Peixoto: "Nos primeiros dois jogos escasseavam algumas opções"

Que dificuldades espera do jogo com o Estoril?

"Muitas. É uma boa equipa, com muita qualidade individual, coletivamente também iniciou bem o campeonato. É uma equipa que quer jogar, bem organizada, com um bom treinador, que tem uma ideia positiva, também. Penso que vai ser um jogo difícil, equilibrado. Nós em casa vamos querer assumir o jogo, como em todo o lado. Será um desafio competitivo, entre duas boas equipas com muita qualidade técnica, individualmente, dos dois lados. Depois, claro, em casa queremos assumir o favoritismo, nunca o vamos esconder. Será um jogo complicado, difícil, mas vamos estar preparados, vamos dar uma boa resposta. Vamos estar preparados, vamos querer conquistar a primeira vitória do campeonato, em casa, principalmente, perante os nossos adeptos. Eles merecem que consigamos a primeira vitória para lhes darmos uma alegria. Um jogo difícil, mas preparadíssimos para ele."

Mais soluções?

"Isso é inequívoco. A verdade é que desde a pré-época, nos primeiros dois jogos, trabalhámos sempre a equipa a acreditar nos que cá temos, mas, como é óbvio, escasseavam algumas opções. Chegaram jogadores que nos podem aportar mais opções a partir do banco ou até de início; opções para atacarmos os jogos. É mais difícil para o treinador escolher, melhor para a equipa, para sermos mais competitivos e desse ponto de vista, sim, teremos mais soluções a partir do banco para podermos mexer no jogo e para depois também escolhermos quem entrar de início e com isso tudo quem beneficia é o clube, a equipa e os jogadores individualmente, também, porque com mais opções há mais concorrência interna e este ponto é extremamente importante no crescimento das equipas, seja coletiva ou individualmente. Sim, neste jogo, teremos mais soluções."

Ainda sem vitórias: "Perder é sempre péssimo. Fico... tenho mau perder, digamos assim. Tenho fair play, como sempre demonstrei, mas internamente, para mim próprio, tenho mau perder, não gosto de perder nem a feijões, seja numa peladinha no treino ou, principalmente, num jogo oficial. É sempre mau. É verdade que, e aí temos de ser realistas, apesar de perdermos. Temos de perceber por que é que perdemos, se existem coisas boas, porque não existem só coisas más. Na primeira jornada, fizemos um bom jogo; o resultado é injusto. O segundo ficou muito condicionado pela lesão do Nico [Gaitán], não tínhamos grandes opções no banco; depois, o Zé [Uilton] entra e acaba por ser expulso; jogámos o jogo quase todo com menos um. Mesmo assim, na segunda parte, demos uma boa resposta, a equipa tentou e criou algumas situações em que poderíamos ter chegado ao empate e depois logo veríamos como terminaria o jogo. Mas, claro que há coisas que temos de melhorar, também não é só coisas positivas."

Boa resposta: "Sou muito realista, tento fazer perceber aos meu jogadores que o caminho é este. Ou seja, a equipa tem dado boa resposta, faltava-nos aqui e ali melhorar, faltava-nos uma opção ou outra; infelizmente, não conseguimos o resultado. Claro que trabalhar sobre vitórias é muito melhor, é mais fácil, mas sinto a equipa confiante, motivada, sinto que num jogo como no outro acabou por se bater bem com o adversário, mesmo em inferioridade numérica. Este é o caminho e a equipa está confiante. Não sinto os jogadores pressionados por isso. Tristes, frustrados, porque sentem que fizeram para ter mais qualquer coisa em termos pontuais; não aconteceu, mas estou muito confiante no futuro, no caminho que estamos a traçar, na equipa que estamos a formar, no grupo, nos jogadores que temos. Por isso, acredito que vamos acabar por fazer um campeonato tranquilo e atingir os nossos objetivos, tentando sempre valorizar o espectáculo, praticar um bom futebol, valorizar jogadores individualmente, também, porque essa é um pouco a nossa função. O caminho está traçado, não há dúvida alguma, seja da minha parte, da Direção, dos jogadores. São percalços que temos de ultrapassar. A pré-época foi muito tranquila em termos de resultados, de estabilidade, de trabalho, e apanhámos agora aqui duas pedras no sapato, nos primeiros jogos oficiais, que não eram o que queríamos, de todo, mas temos de reagir e vamos reagir já no próximo jogo."