Os primeiros dois episódios do documentário sobre o Casillas foram transmitidos sta sexta-feira em Espanha
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No primeiro capítulo do documentário sobre Casillas, "Colgar las alas", o ex-guarda-redes do FC Porto recorda o ataque cardíaco que sofreu no Porto a 1 de maio de 2019, que acabou por precipitar o final da carreira.
"Quando vou com a equipa para o treino, sinto-me pesado, sinto-me como se estivesse a ficar sem ar. Começo a pensar, talvez sejam alergias... Quando já estou com o treinador do guarda-redes o meu peito começa a apertar, sinto que estou a ficar sem ar. Digo, Roberto, dá-me açúcar ou algo. Não sei o que se passa comigo... Deitei-me no chão, não consegui. Vejo que algo sério me está a acontecer...", recordou Casillas.
"É como se estivesses numa piscina e de repente quisesses sair e não conseguisse... Foi uma angústia... Estava a ficar cada vez mais sem fôlego. Roberto, por favor chame o médico, estou a afogar-me", acrescentou Iker Casillas.
Dali seguiu para o hospital, na companhia de um dos seguranças do Olival. "Ia no banco do passageiro, mas não me conseguia segurar. Puseram-me o cinto e caí para o lado. Ia com o segurança, o Sandro, que com o polegar dizia ao médico que ia no outro carro que eu estava bem. Jamais pensei que era um enfarte!", contou.
A médica que fez o electrocardiograma, Isabel Quelhas, disse-lhe que foi um ataque cardíaco: "Eu disse, mas vai abrir-me o peito? Foi uma sensação muito angustiante. porque não se pode falar".
E os testes começam, tais como o cateterismo: "Há um ponto em que o sinto perto do coração e quando colocam o líquido de contraste sinto dificuldades. Senti muito calor no meu corpo. 'Doutor, não suporto, arde', mas o médico disse-me que era normal, que eu tinha de aguentar 30 segundos. Quando ele Removeu tudo, senti que o sopro de ar já estava limpo"
"Se isso tivesse acontecido no dia anterior, estaria em casa e provavelmente teria ficado ali. Nunca mais dormi de barriga para baixo. As noites eram passadas em angústia e até um espirro era um drama. O médico disse-me, 'Iker, não vais morrer'. E um dia, disse: olha, vou dormir, e se não acordar, não acordo. Mas vou tentar descansar, revelou Casillas.