Lucas Cañizares fez dois encontros pelo Farense antes de ser emprestado ao Feirense. Ganhou tempo de jogo e voltou apenas focado em ajudar no regresso dos algarvios à I Liga
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Guarda-redes, de 23 anos, vibra com o peso histórico do Farense e com os ambientes no São Luís.
Espanhol formado no Real Madrid, e filho de uma lenda, espera trilhar grande história em Portugal. Época de afirmação a começar, boas sensações em Faro e objetivos precisos na mente.
Peço que me fale um pouco da motivação deste regresso a Faro, a um clube que desceu, mas que tem esse peso histórico de tentar recolocar o Algarve na I Liga?
—Estou feliz e motivado por fazer parte deste projeto. O clube apostou em mim e, agora, estou concentrado apenas em trabalhar e treinar para retribuir toda a confiança. O Farense é um clube histórico e é com grande prazer que assumimos esta responsabilidade de o devolver ao lugar que merece.
Sentem que só há um remédio, o de subir?
—Não há dúvidas de que o objetivo do Farense é subir. Todas as equipas têm a responsabilidade de lutar pelos objetivos do clube e nós assumimos essa responsabilidade com ânimo e energia. Vamos lutar para ganhar o campeonato.
Como olha ao impacto da primeira época em Portugal: se mais negativo pela descida do Farense, onde esteve até janeiro, ou positivo pelas oportunidades ganhas no Feirense?
—Acredito que a época passada foi, no geral, muito positiva para mim. Tive de esperar até janeiro para me estrear, mas a partir daí foi uma grande experiência. Estive numa boa equipa, o Feirense, onde consegui grandes vitórias, fiz grandes amigos e cresci muito como profissional. Sem dúvida, algo que me vai ajudar para o resto da minha carreira.
Como se descrevem as sensações tão díspares nos dois clubes?
—Estive em dois clubes em duas situações muito diferentes, não creio que seja comparável. Saí no inverno porque não estava a ter oportunidades e fui à procura de uma equipa técnica que me desse confiança. No Feirense, o treinador Vítor Martins confiou em mim desde o primeiro dia e pôs-me a jogar. Fiquei muito feliz e estou-lhe grato a ele e a toda a sua equipa técnica.
Há uma grande vontade de triunfar em Portugal e aproveitar a bagagem do primeiro ano?
—O meu primeiro ano aqui foi muito positivo, a adaptação foi rápida, conheço bem a língua e quero continuar a crescer em Portugal. Não olho para outro lado que não seja o dia a dia, treinar, trabalhar e lutar pelos objetivos do meu clube.
Agora de regresso a Faro, que relação sente ter estabelecido com a cidade, o clube e os adeptos?
—Faro é uma cidade especial. Os algarvios apoiam o Farense e não torcem por nenhuma outra equipa. Isso torna tudo ainda mais especial, pois têm uma das melhores claques de Portugal e um estádio histórico, onde sempre foi muito difícil ganhar.
Que retrato faz da experiência em Portugal, como avalia o nível do campeonato e das equipas e como analisa esta vinda crescente de espanhóis?
—Tenho uma imagem francamente boa do futebol português, que está a crescer imenso, sem sombra de dúvidas, e tem cada vez mais massa social envolvida. A presença de muitos espanhóis faz com que jogadores de toda a Europa também queiram vir jogar para cá, o que é muito positivo.