Carvalhal: "Vamos atacar o jogo e o mercado fica para depois"

Prometeu refletir sobre os problemas do Braga em casa. Esta preparação já envolve uma mensagem diferente para os jogadores? "Falhou-se uma decisão, é uma realidade. Mas é muito simples. Apelei ao melhor de cada jogador, não só de atitude, como da sua qualidade. Temos qualidade suficiente para fazer muito mais, juntar isso à atitude. Temos de aliar as duas coisas para tentarmos que frutifique um jogo de atitude e de maior qualidade. Também confrontei os jogadores se seria problema da equipa técnica, porque também temos de fazer autocrítica. Temos noção que o problema não é da equipa técnica, nem dos jogadores, as minhas equipas sempre jogaram bom futebol. Basicamente, todos temos de fazer mais em termos de qualidade, este é o grande desafio porque a atitude é muito importante. Não vai ser jogo fácil. Temos de juntar mais qualidade e temos condições de o fazer. O mais difícil é ser consistente."

Olhando às particularidades da competição, momento da equipa, contexto do calendário, que tipo de equipa pretende fazer atuar? "Vai jogar a nossa melhor equipa, jogarão aqueles que entendermos que vão fazer a melhor equipa no momento. O plantel ficou mais reduzido ou nem tanto pois também foram incorporados a tempo inteiro três jovens. Todos têm capacidade para jogar de início, cabe-nos olhar para o adversário, escolher os melhores com convicção. Haverá, sim, uma situação ou outra pontual ditada por questões físicas. Mas avançará o melhor onze."

Os últimos movimentos no mercado mostram mais saídas que entradas. Preocupado com a falta de mais algum reforço? "Estamos atentos ao mercado, mas o mercado não é fácil e o Braga já fez alguns investimentos em aquisições. Estaremos sempre abertos a mais alguma oportunidade, mas, para já, apenas focados no que temos. Vamos atacar o jogo e o mercado fica para depois."

Quando fala da falta da solidez, não seria suposto o nível já ser outro nesta altura? "Este é um problema da nossa sociedade, não quero particularizar. Tem havido muita consistência por aí? A consistência é um desafio muito grande nos tempos que correm, é um novo mundo, com isto dos telemóveis em todo o lado. Temos de ser mais fortes, mais resilientes. Não é um desafio só do Braga, é um problema generalizado, mas com o mal dos outros podemos bem. Temos que fazer o nosso trabalho para nos tornarmos mais consistentes. Também queria ganhar 10 jogos seguidos mas nem sempre é possível, temos coisas a reparar, olhar para o futuro, porque há margem de progressão muito grande."

O boletim clínico ficou melhor para este jogo? "Niakaté está completamente apto, o Paulo Oliveira a cem por cento, temos um ligeiro atraso do Rodrigo Zalazar. Não joga agora mas está para muito breve."