Carvalhal nunca desistiu e André Horta corre para validar estatuto no Braga

Apenas suplente utilizado em três dos últimos cinco jogos, André Horta deu expressão à sua importância no Braga no triunfo arrancado a ferros na Vila das Aves, entrando para definir, minutos depois, a abertura mortífera que convidou Gabri Martínez a execução vitoriosa e determinante na conquista dos três pontos. O experiente médio atingiu as quatro assistências na época, mas ainda não marcou. Curiosamente, sempre que tem participação ativa em golos, o Braga sai vencedor, o que aconteceu com Rapid Viena, Moreirense, Arouca e, agora, Aves SAD.

A positiva entrada de André Horta num encontro que também encaminhou a equipa minhota para o terceiro triunfo consecutivo, com acréscimo de valor por não sofrer golos há 270 minutos, ainda se relaciona com marca especial na carreira do centrocampista, de 28 anos, que regressou à Pedreira, após passagem pelos gregos do Olympiacos, em regime de empréstimo. André Horta agarrou os 350 jogos como profissional, colocando neste cálculo partidas em todas as competições oficiais acima dos sub-19, o que engloba, além de Braga, passagens por V. Setúbal, Benfica, Los Angeles FC e, mais recentemente, na Grécia. Ficou ainda a dois jogos de abraçar outra vibrante página do seu trajeto, contabilizando 198 encontros na I Liga, 150 deles feitos nos guerreiros. Almeja, daqui para a frente, os 100 triunfos pelos arsenalistas na divisão maior, somando 96.

Intermitente no rendimento, algumas vezes questionado, dividindo adeptos, André Horta tem vivido diferentes ciclos de confiança em Braga, podendo dizer-se que o melhor rendimento foi conseguido sob a batuta de Carlos Carvalhal, que analisou a influência do médio nesta última vitória.

“Se há treinador que tem metido o André a jogar, sou eu. A titular ou a entrar, tem jogado. Como ele, estão outros. O André, para mim, é um jogador titular, jogando ou não jogando”, atestou o técnico, no final do encontro. O Horta mais novo esteve em 16 de 26 jogos oficiais dos minhotos.