Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do Braga, na antevisão ao jogo em casa do Vitória, às 20h30 de domingo
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Na primeira volta o Braga vê a derrota também precipitar-se pelo descontrolo emocional de um jogador. Foram tomadas cautelas nesse sentido? "Nunca enganei ninguém sobre expetativas, erros, inexperiência de alguns jogadores. Sempre disse que a tendência era melhorarmos, cometer menos erros, ganhar experiência e com outro enquadramento os mesmos jogadores iam ficar aos olhos das pessoas com outra capacidade. A equipa não é a mesma, foi tomada por dinâmicas diferentes, com outros jogadores também. Eles estão hoje mais experientes, mais rodados, já entendem o campeonato e entendem uma rivalidade. Há um maior conforto emocional, a equipa tem evoluído, os resultados têm-no demonstrado, mesmo que ainda se esteja longe da perfeição. A equipa tem vindo a progredir e as situações que aconteceram fazem parte do passado. Acima de tudo, importa ter foco, cabeça no jogo, temos de estar muito concentrados. Temos de saber o que temos de fazer para ganhar."
Jovens como Hornicek e Chissumba, que estão agora com continuidade no onze, projeta-se aqui também um jogo especial para eles? "Estão a jogar porque merecem porque também têm competição interna, não estão sozinhos a disputar um lugar. Se ganharam vantagem aos colegas mais experientes, é porque são os melhores para jogar nesta altura, sem tirar o mérito a quem está a competir com eles. Apesar de jovens são jogadores já com alguma experiência e habituados a ambientes com estas caraterísticas."
E Vasconcelos cada vez mais a contar para si também? "Esteve convocado e estreou-se na Liga com o Gil Vicente. Vai estar novamente convocado porque tem merecido. Aqui é meritocracia, não nos porque nos apetece. Esta semana também tivemos três sub-19 a treinar connosco e posso adiantar que o Sandro Vidigal, de 17 anos, tem probabilidade muito grande de entrar nos eleitos."
Honrado por ter ultrapassado Jesualdo Ferreira e ser, agora, o segundo treinador com mais jogos no comando do Braga? "Tenho, sobretudo, muita honra de estar perto ou ter passado nomes como Cajuda, Jesualdo Ferreira e Vítor Manuel. Estar nesta galeria é muito honroso. Temos mesmo de ser boa equipa técnica, porque, sendo de Braga e tendo estes jogos todos, chegar a este nível, é porque devemos ter algo de especial."
Tem uma história grande como jogador e treinador. Também poderá ser presidente? "Fui jogador, treinador e garanto que nunca serei presidente. Quando for velhinho talvez assessorar alguém. Mas também acho difícil. Eu não tenho veia política, algo necessário para se ser presidente."