Carlos Carvalhal, treinador do Braga, fez a antevisão à receção ao Benfica, agendada para as 18h00 de sábado, e relativa à 34.ª e última jornada da I Liga
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Que jogo podemos contar da parte do Braga, perante um rival ainda envolvido na luta pelo título? "Antevejo um jogo difícil. Vejo um Benfica com um excelente treinador que conhecemos bem. Além da componente estrutural, é uma equipa técnica muito estratégica. Está aí um grande de dificuldade mas a nossa ambição está na proporção dessa mesma dificuldade. Queremos vencer, era bonito e mais que merecido terminar com a vitória, tendo em conta a nossa campanha a partir de janeiro. Quanto ao resto, nada a dizer, queremos falar do Braga, de nós e do que este jogo representa para nós."
Olhando ao adversário, como define o Benfica que visitará Braga? "O Benfica é forte, não perde há onze jogos, perde raramente e bateu-se bem na Europa, até com o Barcelona, pois dividiu esses jogos. O Braga em sua casa, na sua fortaleza, é um osso duro de roer, vamos tentar chegar à vitória."
Que estímulo transmitiu aos jogadores para este derradeiro confronto da época, numa altura que são remotas as esperanças de alterar a classificação? "Representar o Braga é um estímulo permanente, mesmo que seja em jogos particulares. Temos obrigação de fazer o nosso melhor e jogar sempre para vencer. Conseguimos ganhar mais vezes, mas nunca se joga sozinho. A intencionalidadade é sempre ganhar, a equipa tem de ter essa matriz de querer vencer os jogos todos. O estímulo é o mais forte possível."
Já se atreve a fazer um balanço desta época para o Braga? "Num plano conjuntural, lembrar que a nossa entrada foi quase uma emergência, tínhamos um jogo a dois ou três dias que podia definir a continuidade da equipa na Europa. Veio uma sequência de jogos tremenda com grau de dificuldade elevadíssimo. No final de dezembro estávamos no 5.º lugar, a doze pontos do FC Porto. Foi um plano de colar peças e juntar coisas, num trabalho difícil. Temos depois o plano estrutural, em que fomos atrás de um plantel à nossa imagem, com contribuição decisiva do presidente, que esteve envolvido na reformulação de janeiro, sendo um conhecedor individual e coletivo de tudo o que acontece no clube. Nessa reformulação houve uma aposta nos jovens do clube, muitos jogaram, apenas o João Carvalho e Sandro Vidigal, não se chegaram a estrear. Foi um caminho completamente diferente, fora de casa a roçar a perfeição. A pontuação foi de tal forma que conseguimos chegar acima do FC Porto, colocando o Santa Clara e o Vitória a onze pontos. Conseguimos vencer na Luz, o FC Porto em casa e fomos empatar a Alvalade. Este Braga deu mostras de vitalidade e de preparação para o futuro do clube."