Depois da vitória por 3-0 sobre o Rio Ave, Carlos Carvalhal, treinador do Braga, disse que é "óbvio"que o plantel precisa de ser reforçado em certas posições.
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De volta ao quarto lugar: "Esta é aquela vitória que satisfaz os treinadores, porque é a vitória do coletivo. Hoje não jogámos a um nível brilhante, apesar de termos feito os dois primeiros golos através de obras com um conteúdo técnico. Foram dois grandes golos. Mas isto tem explicações: defrontámos um adversário bom, porque o Rio Ave é uma equipa boa, que luta pelos lugares europeus, e vai continuar a lutar de certeza absoluta, e tem bons jogadores. Nós entrámos bem no jogo e estivemos bem até aos primeiros 20 minutos, mas depois da saída do Galeno a equipa perdeu as referências. Perdemos o posicionamento e com isso perdemos muitas bolas, estivemos muito sujeitos a transições, mas quando não estávamos bem no jogo o coletivo afirmou-se defensivamente, porque a equipa agarrou-se para não sofrer golos. Depois corrigimos quando passámos o Iuri [Medeiros] para a esquerda e o Fransérgio um pouco mais para a direita. Recuperámos o nosso jogo e, na primeira parte, além do golo, tivemos uma oportunidade clara pelo Iuri. Na segunda parte fomos mais consistentes do que na primeira, percebendo o que o jogo estava a pedir em cada momento. Se era preciso defender, defendia toda a gente, se era preciso atacar, fazíamos ataque organizado ou ataque rápido. Acabámos por conseguir uma vitória boa, robusta, contra uma boa equipa. Parece-me até por números exagerados, tendo em conta a prestação do Rio Ave. Foi fundamentalmente uma vitória do coletivo. Não era um daqueles dias como tivemos com o Santa, em que perdemos por 1-0 e desperdiçámos inúmeras oportunidades. Este adversário é diferente, tem uma equipa sólida e é mais robusta."
Saída de Galeno muito cedo destabilizou a equipa? "Não é só pelo Galeno, mas também é. Não temos alternativa para aquela posição. No imediato tivemos de meter o Ricardo Horta na esquerda, mas perdemos agressividade na frente. Então, detetando essa falta de pressão, metemos o Iuri Medeiros na esquerda, tivemos que reajustar o posicionamento do Fransérgio.... temos algumas dificuldades numa ou outra posição."
Já conversou com o presidente para pedir prendas? "Preciso de jogadores, não preciso de prendas (risos). Ele sabe e é óbvio que precisamos. Não temos alternativa ao Galeno. O plantel foi construído com dois jogadores por posição. Pensamos que podemos ter aquisições internas, o Gaitán e o Schettine pouco jogaram, devido a lesões. A jogar de três em três dias, os jogadores ficam sobrecarregados. Se calhar vamos precisar de resolver uma ou outra situação, além dos reforços internos."