Rui Costa frisa novamente desconhecer as ações eventualmente danosas do ex-presidente, condição para ter ido a votos, e confia em ver provada a inocência do antecessor
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Homem próximo de Luís Filipe Vieira, enquanto foi presidente do clube antes de resignar face à detenção na sequência de uma operação judicial, Rui Costa reiterou que não iria a eleições caso conhecesse as alegadas práticas irregulares do ex-líder.
"Se eu estou envolvido em alguma coisa ou se reparei em alguma coisa? Não. Se estivesse envolvido ou conivente com alguma coisa, não estava nesta posição. Jamais poderia estar. Se for como estão a ser ditos, é muito simples de perceber que mais ninguém está envolvido nos processos", afirmou Rui Costa.
Em entrevista ao Expresso, publicada este sábado, dia em que milhares de sócios do Benfica acorrem às urnas para eleger o novo líder do clube, o dirigente expressou confiança em ser provada a inocência do antecessor para um bem coletivo.
"Não vou estar aqui a explicar tudo dos processos, porque quero ser positivo e considerar que, até eles saírem, alimenta-se a esperança de que nada do que se está a falar seja verdade, sobretudo para o bem do Benfica", acrescentou Rui Costa.
O antigo futebolista do Benfica, ex-administrador da SAD, assumiu às rédeas do clube lisboeta, em julho passado, por causa da detenção e resignação de Vieira no decurso da Operação Cartão Vermelho.
O ex-líder encarnado é suspeito de envolvimento em "negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades".
Em causa, estão "factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente" e suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento", ainda a serem investigados.