Figura do Ourense, Jairo Noriega foi um dos melhores amigos de Álvaro Carreras nos anos do Depor. Rebobina uma convivência inquieta e provocadora e o mérito especial de um treinador na evolução do lateral-esquerdo.
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Jairo Noriega ainda não pôde ver Álvaro Carreras in loco ao serviço do Benfica, apesar da proximidade com Portugal, de que goza em Ourense. Há um cenário pelo qual torce: ver o Chaves subir ao primeiro escalão luso e o lateral manter-se na Luz. “Com treinos e jogos nunca consegui pensar bem nisso, mas se calha vir jogar a Chaves, isso, sim, deixa-me muito perto para o reencontro”, graceja.
O médio-ofensivo curva-se à excitante coleção de exibições do jogador de Ferrol no Benfica. “Está fortíssimo, sempre tento ver os seus jogos, acompanho tudo nas redes sociais. Tem marcado muitos golos, feito assistências, mostra o seu melhor nos jogos da Champions. Ele é um autêntico craque, quero o melhor para ele”, enaltece Jairo... pegando em pedaços da adolescência. “As nossas personalidades tabelavam, talvez aquela cumplicidade de esquerdinos. Falávamos muito, brincávamos e provocávamos toda a gente. Éramos inquietos e havia um treinador, muito importante para o Álvaro, Juan Villamisar, que sabia como era difícil levar-nos. Entendia-nos bem, mas também tinha de castigar-nos, um jogo no banco, nada de importante”, lembra.
“Foi Juan que ensinou o Álvaro a jogar, tem grande mérito. Hoje temos aí um lateral que pode jogar onde quiser pelas suas condições impressionantes. E, na minha opinião, tem de estar já na seleção espanhola”, defende o amigo do camisola 3 encarnado.