Carlos Pereira confirma redução salarial no Marítimo, mas avisa: "Não é lay-off"
Presidente da equipa insular fala em "negociação para a redução de salários".
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O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, em declarações proferidas a O JOGO, garantiu que o clube avançou para a redução salarial dos profissionais da equipa principal.
O líder maritimista explicou que as reduções serão na ordem dos 20 por cento no mês de Março e de 33% no restante período de inatividade competitiva. Porém, assim que o campeonato regressar, os jogadores serão ressarcidos das verbas que lhe foram cortadas.
"Já temos tudo 'arrumado'. Não existe lay-off, mas sim uma negociação para a redução dos salários. Existe acordo total entre todas as partes e já está tudo assinado. Infelizmente estas medidas não são normais, nem ninguém gosta, mas elas precisam de acontecer", frisou, salientando que não descarta o lay-off nas restantes equipas do clube. "Estamos a aguardar pelos comunicados oficiais sobre o que irá acontecer nessas competições. Por isso, todos os cenários são possíveis, seja a redução salarial ou o lay-off", afirmou.
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Sobre o possível regresso da I Liga no final de maio, Carlos Pereira garante que, de momento, ainda não estão reunidas todas as condições para tal vir a acontecer. "Só quando atingirmos o 'planalto', como a Sra. Ministra diz e iniciarmos a parte descendente da curva é que vamos poder realmente efetivar um cenário. Neste momento, a saúde pública está muito mais em causa que o desporto. Dou preferência à vida do que a qualquer jogo de futebol. Portanto, acho que não devíamos arriscar nada, até porque não sabemos quanto tempo vai durar esta quarentena", disse, acrescentando que a medida ideal seria decretar um "ano zero" na I Liga. "Na minha opinião, o mais aconselhável a fazer é o que a Federação está a fazer. Ou seja, um ano zero para tudo. Assim, já sabíamos que nesta época não haveria mais nada e já poderíamos começar a preparar a próxima, sem aborrecimentos, quer da parte dos jogadores quer dos clubes", vincou.
Por fim, o dirigente madeirense deixou ainda uma palavra de apreço à decisão do Sindicato de Jogadores, em relação à prorrogação dos contratos dos jogadores. "Muitas vezes fui crítico do sindicato, mas, neste momento, tenho que "aplaudir" por todo o seu trabalho de ponderação, equilíbrio e compreensão com este momento difícil que o futebol atravessa", finalizou.