Declarações do treinador do Braga após o triunfo por 1-0 frente ao FC Porto, na ronda 25 do campeonato
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O que foi feito para conseguir esta vitória? "Tivemos uma semana limpa para preparar o jogo, acho que o preparámos muito bem. Os jogadores foram inexcedíveis na execução do plano que tínhamos para o jogo, com bola, sem bola, nas transições, na bola parada. Uma entrada muito forte, creio que 30, 35 minutos de domínio acentuado da nossa parte, conseguimos fazer nesse período um golo. Depois há uma reação do FC Porto nos últimos 10 minutos da primeira parte. Controlávamos o jogo, tivemos o jogo controlado até o intervalo. Na segunda parte, sabíamos que o FC Porto, historicamente esta época, tem os seus melhores períodos no início das segundas partes."
Apelo: "Fizemos um apelo aos jogadores para fazermos também uma entrada forte na segunda parte. Foi isso que nós fizemos, controlámos bem o jogo, controlámos a bola. O FC Porto, não porque nós quisermos, obrigou-nos a abaixar um pouco o bloco. Em função desse baixar do bloco, tínhamos espaço para transições. Em transições podíamos ter feito pelo menos, no mínimo, mais um golo, mas tivemos várias oportunidades. Eu creio que a vitória não sofre contestação e acho que fomos os justos vencedores."
A primeira meia hora, 35 minutos, é absolutamente frenética: "A intenção era essa. A intensidade no trabalho semanal repercute-se depois na intensidade no jogo. Era importante colocar o FC Porto com constrangimento. Acho que controlámos muito bem a bola, levámos a bola para onde nós queríamos, de forma que o FC Porto não tivesse grande capacidade de pressão e eles sentiram dificuldades da forma como nós circulámos a bola e procurámos alguns pontos estratégicos de forma a eles não terem referências de pressão. Isso foi um dado importante. Outro é também da própria natureza dos jogadores, da evolução dos jogadores também. Obviamente nós estamos aqui para fazer evoluir a equipa e fazer evoluir os jogadores. É isso que tem sido feito."
Equipa a crescer: "Os jogadores hoje estão mais capacitados, a equipa está mais adulta. Apesar de ter muita gente jovem, mas a como adultos. Nós vimos hoje o Hornicek, o Chissuma, a entrada inclusivamente também do Patrão, que é um miúdo que tem 17, 18 anos também, que joga habitualmente na equipa de sub-19 e agora pontualmente também na equipa B. Mas, acima de tudo, notar que há evolução. A equipa do Braga está a evoluir, está cada vez mais forte, está a interpretar melhor os momentos de jogo e, acima de tudo, esta vitória é dos jogadores porque eles foram inexcedíveis pela forma como se atiraram ao jogo."
Quando um treinador até aos 80 minutos não mexe numa única peça da sua equipa é porque o trabalho está a ser bem feito? "Por um lado sim e por outro lado também, fundamentalmente, para ser bom recordar, hoje tínhamos no banco, como nossas unidades ofensivas, o Patrão, o Furtado e o Vidigal. São jovens ainda que não têm nenhuma experiência da I Liga, nem sequer o Furtado na equipa B. Evidentemente que nós não temos qualquer problema em colocá-los em campo, mas a partir do momento que quem está a jogar, está a jogar com intensidade, está a ter um comportamento muito bom, nós retardámos um pouco as substituições sim. A entrada do Racic foi muito boa, um jogador experiente, um jogador internacional e joga os últimos 15, 20 minutos a um nível muito alto, muito bem. E é assim que se fazem as equipas, no fundo não é só os jogadores que jogam, é os jogadores que entram, o Patrão também entrou muito bem, o João Ferreira também entrou, portanto no fundo quando temos uma equipa que corresponde e quem entra, mesmo com pouco tempo e consegue corresponder, é sinal que a equipa tem vitalidade e que está aí para as curvas."
Sente que agora sim é obrigatório assumir uma candidatura ao pódio? "Não, a candidatura agora é focar no próximo jogo, no jogo do Farense. Muito focados, tivemos algumas contrariedades, como não é sabido, a questão do Fran não poder jogar, a questão do Roger também. Vamos agora esperar também recuperar o Rodrigo Salazar, o Niakaté, se calhar na paragem já vamos recuperar também o Vítor Carvalho, porque perdemos aqui algumas unidades. E nesse sentido, eu recordo também que estávamos no Ramadão e temos dois jogadores que sentiram um bocadinho, que foi o Amine e o Ismael, que sentiram um pouco, principalmente nos últimos 20, 30 minutos, sentiram um bocadinho o jogo, o que é absolutamente normal. E em função dessas contrariedades, temos que fazer forças. E é isso que nós fizemos hoje. Dentro das contrariedades que tivemos, das opções que nós deixámos de as ter, outras se levantam, nomeadamente os jogadores que vêm da formação, que se levantam, que respondem. E é essa vitalidade que nós queremos sempre estar a top nos jogos todos. A intenção é vencer o próximo jogo e depois pensar no outro."
Os jogos em casa já foram um assunto do Braga desta época..." Também é um estigma que passámos um pouco, porque tínhamos um bocadinho essa pedra no sapato nos jogos em casa. Felizmente o clima exterior também é bom, é positivo. Cumprimentar os adeptos pelo apoio que deram à equipa, que foram fundamentais para a vitória. E quando assim é, há conjugação de toda a gente. Toda a gente também procura fazer o seu melhor. E os jogadores procuraram fazer o seu melhor. E quando fazem o seu melhor, parecem mais jogadores do que são e o contrário também é verdade. Portanto, quando conseguimos todos um clima positivo, obviamente que toda a gente beneficia com isso."