João Cardoso era capitão quando Carvalhal começou o seu trajeto sénior. Olha com admiração para a posição de relevo ganha pelo técnico
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João Cardoso é um nome grande na história do Braga, um defesa-esquerdo de eleição dos guerreiros entre 1977 e 1985, fazendo 256 jogos e sendo internacional português no Minho. Foi também o primeiro capitão de Carlos Carvalhal, quando este com 18 anos, era lançado por Quinito em 1983/84, conseguindo, assim, traçar o início da sua caminhada profissional como defensor. As marcas como treinador são mais fortes no seu clube do coração, tornou-se o mais vitorioso, e João Cardoso, hoje com 73 anos, destaca o perfil que imperou, guiando Carvalhal a uma posição soberana em Braga.
"Foi sempre um miúdo que trabalhou e procurou chegar o mais longe possível. Desde que o vimos, era notório o quanto se aplicava, mostrando muita vontade e essa vocação estudiosa de procurar saber mais de futebol. Em nada me admira o que tem feito", sustenta Cardoso, gabando a sede de conhecimento, que ainda define o timoneiro dos guerreiros. "Foi um miúdo que foi bem-aceite pelo grupo pela maneira como se comportava, respeitando os mais velhos, tentando aprender em todos os momentos. Era um profissional de calibre, que só queria chegar longe. Hoje segue igual, sempre atualizado, merece o que tem colhido", afiança, elegendo Carvalhal como o comandante mais adequado da equipa bracarense, devolvendo o carinho à formação que recebeu mais novo ao entrar no mundo dos graúdos.
"Tem aproveitado bem os miúdos, o que também é normal porque ele vive o clube, passou muitos anos no Braga. Tem essa atenção especial pela academia e é algo que tem dado os seus frutos. Está à vista, porque os que sobem acrescentam valor à equipa", defende, projetando a continuidade de Carvalhal. "Tem feito um excelente trabalho. Não é fácil conquistar esse 'algo mais' em Braga, mas como ambicioso que é, pode pensar assim."