Equipa arsenalista termina a primeira volta no mesmo patamar pontual das últimas melhores épocas, mas num contexto distinto: ciclo intenso de jogos e luta em todas as frentes.
Corpo do artigo
Terminada a primeira volta do campeonato, e numa altura em que Carlos Carvalhal reclama atenção pelo trajeto da equipa no meio de um ciclo tremendo de jogos, nada melhor do que olhar para as últimas épocas para se comparar comportamentos e perceber em que pé está o Braga.
13314373
Desde logo salta à vista que a equipa arsenalista dobra o campeonato com uma pontuação ao nível das últimas melhores temporadas, isto tendo como base de análise uma prova com 34 jornadas, ou seja, desde 2014/15. Só que, ao contrário dos últimos anos, nunca o Braga tinha jogado tanto tempo seguido de três em três dias, mantendo-se pelo meio ativo em todas as frentes, estando aqui incluída a chegada à final da Taça da Liga.
O problema do Braga não tem que ver com a quantidade de jogos, mas sim com o intervalo de recuperação entre eles. Por exemplo, no fecho da primeira volta da última época, a equipa bracarense tinha 33 jogos realizados, mais três do que agora, embora sem a tal densidade, porque o campeonato começara mais cedo. Mesmo assim, o Braga tem agora mais nove pontos (27 contra os 36 atuais). Nas épocas de 2017/18 e 2018/19, a formação minhota conseguiu fechar a primeira volta com mais um ponto do que agora, e numa delas com mais partidas (33), mas também nessa altura não fez oito jogos num espaço de 23 dias como este ano (entre o Torreense, no dia 13 de janeiro e o Portimonense, na quinta-feira), nem participou em todas as frentes.
O Braga começou com o Torreense, em janeiro, um ciclo de 17 jogos em 54 dias, ou seja, com intervalos de recuperação de 72 horas. O calendário só irá abrandar após a primeira semana de março. Equipa desgastada
Com o regresso da Liga Europa (dois jogos com a Roma) e com as meias-finais da Taça de Portugal, frente ao FC Porto, o cenário vai ainda agravar-se. Feitas as contas, e partindo do início deste ciclo (Torreense), serão 17 jogos em 54 dias, isto é, até à 22.ª jornada, altura em que o calendário irá abrandar. Até lá, haverá sempre intervalos de recuperação de 72 horas, o que já levou o treinador a admitir que a equipa está a jogar em sobrecarga. João Meireles, responsável pelo trabalho físico, está a gerir os atletas com pinças.