O contrato é válido para 2025/26 e o técnico deu sinais que o ia cumprir, mas Salvador avalia mexida na orientação da equipa. Técnico conduziu Braga ao quarto lugar da liga, operou recuperação, mas os méritos podem não ser suficientes para levar o contrato até ao fim. Ambições altas reclamam outro impulso.
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Apesar de ter acabado a época com contrato até 2026, Carlos Carvalhal tem futuro incerto no Braga, mesmo após ter discutido na parte final o pódio com o FC Porto na sequência de uma recuperação consistente.
Nesta terceira vida no clube minhoto, chamado para o lugar de Daniel Sousa muito prematuramente, Carvalhal tem sido insistente em valorizar os seus méritos, considerando que apanhou o contexto mais difícil da sua carreira, mas as palavras podem não casar integralmente com as ideias de António Salvador, que ainda antes de terminar esta época assumiu objetivos altíssimos para o próximo mandato, impondo o título como meta num espaço temporal de quatro anos. Dentro desse cenário, o líder dos guerreiros tem pensado profundamente no comando desportivo da equipa na próxima época, tentando idealizar uma solução que ofereça maior impulso ao balneário nessa vertigem por algo inédito. Salvador sempre foi um presidente de impulsos, também uma caixa de surpresas e a notícia que circulou nos últimos dias a dar conta que Vítor Bruno poderia estar na calha para suceder a Carlos Carvalhal encaixa nessa corrente, embora o antigo técnico do FC Porto seja um nome rejeitado, nesta fase, em Braga, até porque também não é oficialmente reconhecida qualquer mudança. No entanto, fontes ligadas ao emblema arsenalista dão força a incertezas e, quando se gera incerteza, a probabilidade de a relação romper está em questão.
Com eleições aprazadas para dia 24, já iminentes, a recondução do líder dos guerreiros deverá ajudar a entender com nitidez os contornos do que será o comando técnico do Braga em 2025/26 e se procura um nome com experiência, qualificações e apetite para carregar os sonhos do presidente nos próximos quatro anos. Carvalhal, sabe O JOGO, não estará a par de qualquer futuro comprometido no clube.
Os planos de Salvador, em matéria de plantel, já ficaram claros: aumentar o investimento e blindar os principais jogadores, procurando travar o assédio interno e internacional. Antecipando-se um grupo mais capaz e com maior amplitude de opções, a escolha do treinador, seja a confirmação de Carvalhal, ou outro tipo de aposta, será a pedra de toque no projeto desportivo, ao qual também pode ser acrescentado um diretor-desportivo.