Declarações do treinador do Braga na antevisão ao jogo frente ao Aves SAD, às 18h00 de domingo
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Que dificuldades espera contra o Aves SAD? "Uma equipa que tirou pontos ao Benfica e Sporting merece todo o respeito. Esse respeito é que nos pode conduzir aos três pontos, respeito pela equipa, por bons jogadores e um bom treinador, que conheço bem. Não vai ser tarefa fácil, temos de estar no nosso melhor para conseguir vencer. Acredito no foco e trabalho e com alerta máximo temos grandes possibilidades de vencer."
Foi uma semana mais estimulante depois do empate com o Sporting? "Foi uma semana igual às outras, com foco e tentativa de melhorar algumas coisas, há sempre aspetos que podem ser melhorados. Focados também nas caraterísticas, sejam pontos fortes ou debilidades do adversário."
Vendo tanta gente lançada, a formação pode ser o alicerce de um Braga com aspirações mais altas? "Nenhum clube do mundo vive só da sua formação, nem o Ajax, são precisos jogadores experientes que funcionem como alicerce. Importa, sim, estar atento, até porque é um desígnio do clube, e importa olhar para dentro antes de olhar para fora. O alicerce de um Braga de futuro passa certamente pela sua formação, sustentada por outros jogadores de máximo nível para elevar o valor da equipa. Como temos hoje o Horta, o Moutinho ou o Paulo Oliveira. São eles que dão o suporte aos nossos jovens."
Para o Patrão e Rúben Furtado também foi uma semana completamente normal? "Claro que foi, são miúdos bem trabalhados, a herança do trabalho na formação do Custódio, do Wender, do Pires é ótima. São jogadores bem preparados fisicamente, taticamente e mentalmente. Quando chegam à primeira equipa reproduzem bom futebol e mostram personalidade equilibrada. Se olharem para o plantel do Braga, percebem como equilibrados e tranquilos são o Chissumba, Hornicek, Roger, Diego e também o próprio Gorby, o Patrão, o Furtado, e o Sandro Vidigal que, infelizmente, está lesionado. Não temos aqui miúdos de grandes tatuagens, nada contra brincos ou tatuagens mas, no fundo, vemos gente muito equilibrada, como o grupo no seu tudo. Todos com os pés bem assentes na terra, ninguém está em paz, também não é guerra, mas é estar de fato-macaco e não com fato de gala. Estão todos preparados para o próximo jogo."
Acredita que baterá o recorde de treinador com mais vitórias na história do Braga, que pode acontecer, se vencer esse jogo? "Obviamente é um orgulho mas só irei comemorar algo no final da época com a minha família. Não estou focado mas espero que essa vitória surja já contra o Aves SAD."
Decisões difíceis: "Mão firme tenho sempre, nunca tive problemas na minha vida, já tomei decisões difíceis e tomei-as sempre em consciência. Não vou estar a dizer nada de negativo de jogadores, agora, se tiver de olhar ao que aconteceu a partir de janeiro, e se me perguntarem se é uma equipa que joga mais o futebol preconizado, isso sem dúvida. A evolução da equipa passou por uma identificação maior com a nossa forma de jogar. Não é correto dizer se é melhor ou pior com estes jogadores, mas é à nossa imagem, que ainda não é perfeita. Por isso, foco total no trabalhos, há debilidades e temos noção delas, isso faz-nos ser uma equipa mais forte. É andar sempre em alerta vermelho a começar neste jogo."
Lançar estes jovens é algo que o satisfaz também pelo seu histórico no clube, quando foi lançado por Quinito? "O Quinito foi marcante para mim tal como o jogo da minha estreia, salvo erro a marcar o Vata contra o Varzim. Ficamos sempre ligados ao treinador que nos estreias. Se sinto um prazer especial em reviver esses momentos pelos jogadores que tenho e lanço, claro que sim! Sempre que tenho um jovem a singrar e ter sucesso é uma satisfação tripla, pelo clube, pelo jogador, e por aquilo que me permite reviver. E quando são miúdos que sentem o clube, é um valor acrescido. Tenho consciência do que provoco nos jogadores mas não estreio por estrear, estreio porque merecem. A confiança é tanta que essas oportunidades surgem em jogos que não estão fáceis, são utilizados em função do valor que entendemos que eles têm. Têm sabido corresponder, nunca dececionam."
O Hornicek apontou fasquia ao terceiro lugar, também consegue agora focar-se num objetivo mais específico? "Não há mais ambição do que querer vencer o próximo jogo, não há mais ambição que essa, o foco está no Aves-SAD. É sempre dentro deste plano, não podemos dar dois passos de cada vez. Para irmos a Compostela, seja qual for o caminho, já fui por Viana, Ponte de Lima ou Chaves, não é algo que se faça de um dia para outro. Podia ter ficado alguém pelo caminho mas conseguimos chegar todos. Aqui igual, vamos acabar todos, vamos juntos para o próximo passo, o caminho está à nossa frente. E no final veremos."