Carlos Carvalhal, treinador do Braga, na antevisão ao jogo deste sábado (17h30), contra o 1.º de Dezembro, para a terceira eliminatória da Taça de Portugal
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Agradecimento: “Agradecer as palavras do Carlos Garcia, esta semana, é uma referência para mim não só a nível desportivo mas também humana, é um amigo, e agradecer-lhe as palavras dele, da mesma forma que também agradeço ao míster Manuel Cajuda por aquilo aquilo que disse. Foram extremamente simpáticos e é uma honra receber elogios de dois duas pessoas que estão ligados a páginas muito bonitas do Braga.”
Jogar a Taça de Portugal: “Para mim, é especial estar no Braga e disputar todas as competições. O clube conquistou três taças de Portugal, nós contribuímos para que uma das taças esteja no museu, e obviamente que assumindo responsabilidade, vamos iniciar uma caminhada que temos que fazer como fizemos da outra [2020/21], ir passo a passo, percebendo que tanto nessa caminhada, como naquele que tive no Leixões, como treinador, o passo mais difícil foi com equipas de escalões inferiores e foram sempre no primeiro jogo. No Leixões foi Pevidém e ganhámos 2-1, e no Braga foi na Trofa, em que ganhámos (2-1) aos 90+3', com um golo do Galeno. Portanto, convém muitas vezes lembrar isto, para não esperar só facilidades, e, acima de tudo, estar preparado para as dificuldades que vai encerrar este jogocontra o 1.º de Dezembro, porque temos muito respeito pelo adversário. Esse respeito corresponde à ambição que temos em vencer o jogo.”
Paragem benéfica: “Quando treinámos duas semanas esperámos melhorias. Deu tempo para treinar alguns aspetos, um outro jogador não esteve presente, porque estiveram nas seleções, mas com o jogo que tivemos, e foram muitos, deu tempo para trabalhar as dinâmicas da equipa. Espero melhorias, mas mais importante é vencer o jogo e passar à eliminatória seguinte.”
João Moutinho e Zalazar de volta, Paulo Oliveira em dúvida: “Zalazar e Moutinho estão convocados, o Paulo treinou. Vou falar com o departamento médico, porque temos de tomar uma decisão. É possível que se veja o Zalazar e o Moutinho dentro do campo, em simultâneo ou não, logo veremos. São jogadores em quem confiamos muito, são mais-valias, internacionais A e de seleções de primeira linha, tal como são o Ricardo Horta e o Bruma. Acrescentam qualidade e nós precisamos de puxar por eles em função também daquilo que fizeram durante estas semanas de trabalho.”
Conhecimento do 1.º de Dezembro: “Sabemos tudo sobre o 1.º de Dezembro. Tem um treinador que tem ideias muito positivas, não é um treinador defensivo de forma alguma, gosta de disputar o jogo pelo jogo. Conhecemos muito bem os jogadores e como jogam, conhecemos tudo o que é lance de bola parada, aos penáltis, temos uma identificação completa, como se estivéssemos a jogar com a Roma e eventualmente nas competições europeias. Temos um respeito grande e temos de estar ao nosso melhor nível para passar a eliminatória, porque não há jogos fáceis.”
Leixões à hora errada: “No Leixões [2001/02] houve uma interpretação errada da hora do jogo. Já me estou a rir. Pensávamos que o jogo era às 15h00 e, afinal, era às 14h00, e chegámos em cima da hora do jogo. Inclusive, dois ou três jogadores vomitaram durante o jogo. Foi um bocado anormal..., mas felizmente conseguimos passar e ainda bem que depois chegámos à final da Taça de Portugal. No Braga [2020/2], no jogo na Trofa, tivemos uma atitude boa e o Trofense foi competitivo, não foi por falta de atitude. A maior parte das vezes é por falta de atitude das equipas, porque obviamente há diferenças entre o valor individual e coletivo das equipas, mas a atitude competitiva é muito importante. Isso foi o tema de conversa durante a semana, ainda hoje por exemplo. Tem de haver atitude competitiva, jogar a sério, vamos com tudo, com o melhor onze do momento, tendo em conta um ou outro constrangimento que possamos ter.”
Sem poupanças na taça: “Não há poupança nenhuma. Há jogadores que estão em risco de alguma situação, aí sim temos em atenção, daí a minha articulação com o departamento médico para não correr riscos. De resto, não há rebuçados para ninguém, é para quem dá ao pedal. Quem joga é porque merece jogar. A taça não é uma situação de oportunidades. É uma situação de muita seriedade, até pelo passado e pelo historial do Braga, e temos de apresentar aqueles que nós entendemos que são os melhores para cada jogo. É isso que vai acontecer amanhã.”