Treinador do Braga sublinha a aposta que tem sido feita nos jovens da formação e projeta encaixes financeiros para o futuro.
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Jogo com o Marítimo: "Fizemos uma boa semana de trabalho. A equipa está motivada, confiante e com alegria, preparada para as dificuldades que o Marítimo vai criar. Gosto do estilo positivo das equipas do Vasco Seabra, um treinador que tenho seguido. Penso que será um excelente jogo, com duas equipas à procura da vitória. Apesar das precauções, estamos em Braga, jogamos no nosso estádio e queremos muito vencer."
Calendário mais leve na segunda volta: "O plano é ir jogo a jogo, tentar fazer o melhor e, no final, a classificação irá ilustrar a competência da equipa. Queremos atingir o máximo das nossas capacidades. Claro que é muito diferente preparar um jogo de três em três dias do que de cinco em cinco. Aliás, quando jogarmos com o Sheriff Tiraspol vamos ter um aperto no calendário, será um estouro terrível."
Motivação para a segunda metade do campeonato: "Vamos para vencer em todos os jogos. Depois, com a aposta nos jovens da formação, há um 'upgrade' motivacional. Hoje, por exemplo, devia ter aí uns 12 da formação a trabalhar com o plantel; mais de metade do grupo é da formação. Estamos numa fase de transformação, a preparar o presente e, essencialmente, o futuro. É aliciante lançarmos as sementes, porque em breve o clube irá tirar dividendos disto, com um ou outro encaixe financeiro. É algo que vai acontecer dentro de dois anos. Eu fiz a estreia pelo Braga quando tinha 18 anos e foi uma alegria tremenda, maior ainda por ter sido no clube onde me formei, ao qual fiquei umbilicalmente ligado. Por isso, sei qual é a importância de lançar jovens."
Saídas no mercado: "Não tenho conversado sobre isso com o presidente, mas tudo pode acontecer. Nunca coloquei qualquer entrave à saída de um jogador, até porque há a gestão financeira do clube. O plano é olhar para dentro, para a equipa B, de sub-23 e de sub-19. Se houver alguma situação extraordinária, então pensaremos nisso."
Reestruturação do plantel: "A dificuldade para um jogador da formação se impor num plantel mais alargado e robusto é difícil. Na época passada atingimos um pico com a conquista da Taça de Portugal e o presidente entendeu, e bem, tal como eu, que havia necessidade de mudanças. Há jogadores que ficam muito valorizados quando atingem o pico e querem sair. O presidente não coloca o aspeto financeiro à frente da capacidade de competir e a opção foi a de rentabilizar o investimento feito na academia, algo que está a dar os primeiros frutos. Somos apanhados nesta mudança de paradigma e, para mim, são tarefas aliciantes."
Afirmação de Vitinha em um ano: "Antes de mais, o Vitinha está apto e já está a treinar com o plantel depois de ter testado positivo. Quando estreámos o Vitinha, há um ano, ficámos com o olho aberto e atentos ao seu rendimento. Este ano apostámos fortemente nele."